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Seminário discute cotas para o funcionalismo público

18 de novembro de 2014 - 17:49

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Seminário da Consciência Negra foi realizado pela Escola do Parlamento da Câmara  Foto: Luiz França / CMSP


MARINA PAES
DA TV CÂMARA

O sistema de cotas do funcionalismo público do município de São Paulo foi um dos principais debates do Seminário da Consciência Negra realizado nesta terça-feira (18/11) pela Escola do Parlamento da Câmara Municipal. Secretários municipais, vereadores e representantes de entidades falaram sobre os avanços das políticas públicas na luta contra a desigualdade racial.

Segundo dados da pesquisa mensal de emprego do IBGE, um trabalhador negro no Brasil ganha, em média, pouco mais da metade (54,7%) do rendimento recebido pelo trabalhador branco.

Um dos principais destaques do debate foi o sistema de cotas para o funcionalismo público no município de São Paulo. Estamos nesse momento fazendo a implementação da lei e só para você ter ideia, até 6 meses atrás a Procuradoria do município tinha três procuradores negros, no universo de 500. Esse ano na prefeitura de São Paulo nós temos 14 procuradores negros. Então acho que a implementação dessa política, que certamente não nos traz alegria, tem sido  o único remédio eficaz para a redução das desigualdades, disse o secretário de Igualdade Racial, Antonio Pinto.

O vereador Netinho de Paula (PCdoB) disse que é preciso aplaudir os avanços proporcionados por essa lei. A gente vai ter a oportunidade de ter negros em todas as instâncias do poder e isso tudo é fruto de um trabalho apoiado pela Câmara Municipal.

Esse é o terceiro seminário da consciência negra. Esse é o papel da escola. É fazer o intercâmbio com a comunidade e trazê-la para a Câmara, afirmou Karina Rodrigues, diretora executiva da Escola do Parlamento.

Para o diretor do curso de direito da faculdade Zumbi dos Palmares, Vander Ferreira de Andrade, a criação de cotas representa um avanço significativo. Me parece que o acesso ao trabalho, ao conhecimento e à universidade são de fato as portas mais importantes para quebrar barreiras que a escravidão ainda deixou no Brasil, defendeu.

(18/11/2014 15h33)

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