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Seminário discute igualdade de gênero nas escolas

Por: KAMILA MARINHO
DA REDAÇÃO

19 de março de 2024 - 21:49
Richard Lourenço | REDE CÂMARA SP

 

O papel da escola em relação à igualdade de gênero foi debatido em um seminário promovido pela Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Contra a Violência e Discurso de Ódio na noite desta terça-feira (19/3). Com o tema “Educação para Igualdade de Gênero”, o evento recebeu educadores, representantes de movimentos sociais, servidores da rede municipal de ensino e alunos.

A vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), que propôs a Frente Parlamentar, fez parte da mesa de debates e falou sobre a importância das discussões sobre gênero dentro das instituições educacionais e sobre a urgência de implementação de políticas públicas para evitar crimes e discriminações.

“O papel da escola é primordial para a gente ter uma sociedade igualitária entre todos os gêneros para que possamos ter uma diminuição da violência praticada contra esses grupos. A gente tem tanto feminicídio, violência contra mulheres trans, população LGBT, além das violências do cotidiano, como o racismo, o machismo e a homofobia causando tanto mal às pessoas”, explicou Silvia.

Acolhimento de alunos trans

O seminário ainda trouxe reflexões de assuntos sensíveis, como bullying e outras violências, principalmente contra as mulheres e pessoas trans. Aluna da EJA (Educação de Jovens e Adultos) da EMEF (Escola Municipal de Educação Fundamental) Espaço de Bitita, Fernanda Nascimento Cunha fez questão de contar como foi o acolhimento em seu processo de retorno à sala de aula como mulher trans e ex-moradora de rua.

“Não são muitas as escolas que aceitam alunos trans e nós todos somos seres humanos e temos os mesmos direitos. São muitas de nós que precisam estudar, é preciso abrir mais vagas. O meu sonho, por exemplo, é concluir meus estudos e me tornar uma técnica em enfermagem”.

Realidade dos professores

Professora da rede municipal de ensino, Cibele Lima também trouxe suas contribuições sobre como é a realidade dentro dos ambientes escolares. “Além de termos impedimentos em relação ao currículo por conta de um enfrentamento de setores conservadores, temos também muita resistência de famílias influenciadas por vertentes religiosas, acham que estamos doutrinando as crianças e não é isso. Nós queremos que elas tenham consciência de seus direitos”, desabafou a professora.

Pesquisa e dramaturgia

Já Lenilson de Souza implantou um núcleo de pesquisa e criação de dramaturgia intersexual para os alunos compreenderem e desenvolverem o respeito e a percepção em relação às diferenças de gênero no Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos de Guaianases.

“Eu atuo desde 2013 no território de Guaianases. Eu percebo, desde então, que é um tema inesgotável. À medida que esses estudantes vão se formando, vai se criando novas políticas internas dentro das escolas, porém existe ainda a questão da ausência de políticas públicas que possam garantir a melhoria de nosso debate”, lamentou Lenilson.

Também participaram do encontro, representantes da Consciência Feminina na Escola, Comitê Diálogo sobre Gênero, do Café Filosófico na Periferia e da Associação Brasileira de Pesquisadoras e Pesquisadores Negros e Negras.

Assista à íntegra do seminário promovido pela Frente Parlamentar no vídeo abaixo:

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