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Seminário discute papel do esporte no combate ao crack

29 de março de 2012 - 20:05

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Virando O Jogo: O Esporte Contra o Crack foi o nome do seminário realizado pela Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da Cidade de São Paulo (SEME), em parceria com a Revista Brasileiros, nesta quinta-feira, no auditório do Museu do Futebol, em São Paulo.

O objetivo do evento, que reuniu políticos, atletas e representantes da sociedade civil e da saúde, foi debater o papel do esporte como ferramenta de prevenção e combate ao uso de drogas e substâncias psicoativas na sociedade. Cerca de 300 pessoas participaram do seminário.

Ao todo, quatro mesas debateram temas específicos. A primeira mesa, composta pelo secretário de Esportes, Bebeto Haddad (PMDB), pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e pelos vereadores José Police Neto (PSD), presidente da Câmara, Netinho de Paula (PCdoB) e Jamil Murad (PCdoB), abordou o tema É possível vencer o crack.

O secretário Bebeto Haddad analisou a evolução do crack na cidade de São Paulo e falou sobre o papel da SEME no combate ao problema. A Secretaria está no caminho certo para ajudar na inclusão e no combate às drogas. Venceremos quando todos se engajarem. Esse debate é bom, pois leva a reflexão da sociedade, declarou, citando iniciativas como os programas Virando o Jogo Sampa e Polos de Brincar, que atuam como instrumentos de prevenção em regiões de maior vulnerabilidade social.

Police Neto defendeu durante o evento que para combater a problemática do crack deve-se copiar projetos que deram certo, aqui ou fora do Brasil, e elogiou o trabalho apresentado pelo prefeito de São Bernardo. Nós políticos temos a mania de fazer experiências com o povo. Mas por que fazer isso? Por que não copiar bons projetos, como o do prefeito Marinho?, disse.

A aliança entre os governos federal, estadual e municipal e entre os partidos de situação e oposição foi várias vezes apontada como ponto crucial na luta contra o crack. Não podemos acreditar em mágica, em projetos miraculosos. A única forma de combater o crack é com muito trabalho em todas as esferas possíveis, afirmou Jamil Murad.

O combate à desigualdade também foi lembrado. Netinho de Paula comentou sobre a extrema diferença social entre o centro e a periferia de São Paulo. A cracolândia pode ser no centro, mas os usuários normalmente vêm da periferia, onde eles não têm nada, disse.

Os dois programas da Secretaria de Esportes também compuseram as discussões e explanações da segunda mesa. Batizada de Virando o Jogo na Periferia, a mesa teve apresentações de Kátia de Araújo, coordenadora do Virando o Jogo, e Laís Helena Malaco, que contextualizou a atuação do Clube Escola na capital. O secretário-adjunto da SEME, Gilberto do Carmo Nucci, e a coordenadora do Núcleo de Lazer, Dineia Cardoso, também fizeram apresentações que focaram principalmente nos resultados do programa Polos de Brincar.

Na parte da tarde, foi abordado o tema Uma questão de Saúde Pública, com questões discutidas por profissionais da área. Já a mesa 4, com o tema Craques Contra o Crack, contou com a presença das ex-atletas Ana Moser e Patrícia Medrado e de Edson Lapolla, do Instituto Aurélio Miguel e que representou o vereador Aurélio Miguel (PR) no debate. Eles falaram sobre projetos sociais ligados à inclusão social através da prática de atividade física.

“O esporte deve definitivamente ser tratado como política de Estado. Entretanto, as verbas destinadas ao investimento no esporte com função social não corresponde às dotações para esses programas. São insuficientes. É preciso afinar os discursos com as práticas. Em relação a São Paulo, seria uma boa política utilizar os espaços dos Centros Desportivos Comunitários (CDCs) para equipá-los com creches e programas esportivos”, comentou Lapolla.

Confira depoimento de participantes:

Parte 1

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Parte 2

{youtube} 7EU3mXgTiNs&rel=0|400|300|{/youtube}

 

(29/03/2012 – 20h05)

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