CLÉO FRANCISCO
DA TV CÂMARA
Cada vez mais, é comum que as unidades do sistema público de saúde sejam gerenciadas por entidades privadas, as chamadas OSs (Organizações Sociais de Saúde), que recebem repassess governamentais para fazer esse serviço. Essas parcerias foram discutidas durante o primeiro seminário “O SUS e as Organizações Sociais na Cidade de São Paulo”, realizado na noite desta terça-feira (25/11) na Câmara. Participaram do evento lideranças comunitárias, conselheiros e profissionais de unidades básicas de saúde.
A médica Virginia Junqueira, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), foi uma das que criticaram o modelo.
“O profissional de saúde, ele simplesmente transita o tempo todo de uma OS para outra, de acordo com aquela que oferece o melhor salário. Ou seja, aquilo que sempre defendemos, que é o vinculo de uma equipe de saúde a uma determinada população, isso está rompido”, criticou a professora.
Para o vereador Toninho Vespoli (PSOL), além de gerar problemas no atendimento à população, essas parcerias do Estado com a iniciativa privada acabam onerando os cofres públicos.
“O próprio Tribunal de Contas demonstrou que as unidades gerenciadas pelas OSs custam 30% a mais do que as unidades gerenciadas diretamente”, argumentou o socialista. Para o vereador, a melhor opção seria que o serviço de saúde fosse prestado diretamente pelo município.