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A Presidência da Câmara Municipal de São Paulo em parceria com o Deputado Federal Penna (PV) realizou na noite desta quarta-feira (6) um seminário para debater a Síndrome de Burnout. Trata-se de um distúrbio psíquico de caráter depressivo que afeta principalmente profissionais da área de educação.
É importante discutirmos isso neste momento. Poucas pessoas conhecem a síndrome pelo nome, mas muitas a sentem na própria pele. São distúrbios causados por relações estressantes de trabalho. As consequências são graves, levam ao afastamento do exercício profissional, porque a situação fica insuportável, disse o vereador Cláudio Fonseca (PPS), que presidiu a sessão e preside a Comissão de Educação da Câmara.
A Câmara aprovou, em 2009, a Lei 15.206, de autoria do então vereador Penna, que dispõe sobre a criação da Semana de Combate e Conscientização à Síndrome de Burnout. Agora em Brasília, Penna apresentou o Projeto de Lei 1939/11, que cria a Campanha Nacional de Combate e Conscientização em relação à síndrome. O projeto está em avaliação no Congresso Nacional.
Iracema de Jesus, assessora do deputado e membro do Fórum de Professores Readaptados, explicou melhor o que é doença. A síndrome é muito parecida com uma depressão profunda e atinge em especial os professores. Ela se dá pela combinação do trabalho intelectual com o outro quase braçal a que o professor se submete. Ele lida com o público, tem que dar aula, planejar, seguir um programa, corrigir provas, estudar, se aprimorar. Essa combinação leva à síndrome, disse.
Ela informa que a principal batalha para quem sofre da síndrome é conseguir que ela seja reconhecida como uma doença do trabalho. Pois só desta forma seria possível realizar os testes psiquiátricos preventivos que detectam a doença ainda no início, impedindo o agravamento dos sintomas. Sem auxílio médico, o professor perde o interesse pelo trabalho e entra em depressão profunda, completou.
A Burnout de professores causa exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta, à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Verifica-se ainda perda de energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, ideias, concentração, autoconfiança e humor.
(06/10/2011 21h03)