A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta quarta-feira (22/6) a décima edição do Seminário de Atendimento a Vítimas Sociais, que teve como tema os crimes virtuais. A iniciativa do encontro foi do vereador Ari Friedenbach (PHS), que recebeu especialista para o debate.
Os crimes cibernéticos são aqueles praticados pela internet de forma anônima ou pública. Os mais comuns são os crimes financeiros, roubo de dados, golpes virtuais, bullying cibernético, roubo de identidade, pornografia, pedofilia infantil e violação de privacidade.
”Mais de cem milhões de pessoas usam a internet no Brasil. Com a facilidade de gerar conteúdo e a dificuldade de controlá-lo, muitos usuários desenvolvem métodos para cometer crimes virtuais. Poucas vítimas de crimes virtuais conhecem ou sabem como e onde denunciar esses crimes. A ideia deste seminário é ajudar a sociedade a blindar essas ações criminosas e se proteger, sempre visando a segurança do cidadão paulistano”, ressaltou o vereador Ari Friedenbach.
Para o diretor do departamento de Segurança da Fiesp (Federação das Industrias do Estado de São Paulo), Rony Vainzof, a internet não pode ser responsabilizada pela má conduta dos usuários.
“A grande questão é trabalhar para demonstrar a gravidade desses conteúdos ilícitos, para que isso seja vetado na sua origem, ou seja, para que as pessoas saibam do potencial lesivo das suas condutas, e não as pratiquem. Pensando sempre nas relações, na dignidade da pessoa humana, nos direitos e princípios fundamentais da nossa Constituição. A internet nunca foi e nunca será território sem leis, ela é um novo meio para prática de atividades dos seres humanos e as más condutas já tem previsão de punição em nossas leis”, destacou Vainzof..
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Paulo Marco Ferreira Lima, do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Publico do Estado de São Paulo
De acordo com o procurador de Justiça e coordenador do Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos do Ministério Publico do Estado de São Paulo, Paulo Marco Ferreira Lima, com a criação do Núcleo, o atendimento às vitimas e punições aos criminosos passaram a ser mais efetivas.
“É importante que se entenda que a internet não é um mundo encantado, na verdade ela espelha a criminalidade que existe no mundo real. Quando se pensar em mudança legislativa, que é o que vamos buscar no Brasil, é justamente entender a internet como só um reflexo do mundo real e que precisa ser combatido da mesma forma”, afirmou Lima.