Nesta quinta-feira (14/05), os integrantes da CPI da Pedofilia e do Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil da Câmara Municipal de São Paulo receberam o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia do Senado Federal, no Plenário Primeiro de Maio.
O parlamentar veio trocar ideias com os vereadores, apresentar alguns resultados das investigações e depoimentos da CPI do Senado e passou em revista sua experiência no combate à criminalidade.
“Essas lutas são difíceis, mas eu acredito muito nesse tipo de CPI. As CPIs das Assembléias Legislativas e das Câmaras Municipais dispõem do mesmo poder da CPI do Congresso Nacional. Mas as frentes de trabalho devem ser diferentes para se completar. As Câmaras Municipais estão mais próximas do cidadão”, ponderou, no Plenário Primeiro de Maio.
“Quem me vê na TV Senado me vê falando no enfrentamento ao tráfico, ao crime organizado. Eu descobri o Estado criminoso dentro do Estado de Direito. A CPI do Narcotráfico, que eu presidi, revelou isso para o Brasil. Os 134 presos no Acre estão presos até hoje”, contou.
“O abusador tem duas taras: a sua lascívia e o seu exibicionismo. Como alguém que coleciona selos, eles trocam imagens e fotos. Em muitas buscas e apreensões, descobri filmes [fotográficos] com avô abusando de neto”, prosseguiu.
Para o senador, o pedófilo não tem classe social específica. “Pedofilia no Brasil tem mandato, tem anel no dedo, reza missa. Quem foi pego em Roraima? O procurador! Ele ia para o motel três vezes por dia, com crianças de quatro, cinco anos. O movimento da pedofilia no mundo é de 105 bilhões, maior que o narcotráfico. Nós temos muitos pedófilos alemães, franceses, filipinos, com mandados de prisão nos seus países de origem, e a Polícia Federal não pode prender.”
Magno Malta relatou ainda seus entendimentos com empresas de tecnologia, como a Microsoft, convidou os vereadores a acompanharem as oitivas da CPI do Senado em Manaus (AM) e contou estar abastecendo outros países com denúncias e informações decorrentes de investigações que acompanhou.
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