RenattodSousa
A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta quarta-feira sessão solene em comemoração ao Dia da Consciência Negra. No evento, tiveram destaque personalidades reconhecidas por seus trabalhos em prol da igualdade racial e valorização da cultura negra.
Receberam homenagem o Pai Élcio de Oxalá, da Voz da Umbanda; Antonio Pereira da Silva Neto, da escola de samba Camisa Verde e Branco; o Padre Jose Enes de Jesus, Presidente do Instituto Negro Padre Batista; e Marco Antonio Pelegrinni, Secretário Adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O Centro Espírita do Urubatan também recebeu menção honrosa em referência aos 104 anos da Umbanda no Brasil.
Essa é uma homenagem, em primeiro lugar, aos direitos humanos. Reafirmação da coexistência pacífica entre os povos, gêneros, raças. Homenagear o Dia da Consciência Negra ou reunir aqui, em torno desse dia, as mais diversas correntes de defesa dos direitos humanos é, na verdade, homenagear toda a sociedade, disse o vereador Floriano Pesaro (PSDB), autor da iniciativa. Quando desrespeitamos alguém por alguma opção por raça, cor ou credo, ou qualquer tipo de discriminação, nós atingimos a todos.
Além da execução do Hino Nacional, realizada pelo Pai Élcio de Oxalá, os participantes acompanharam o Hino da Negritude, interpretado à capela pelo Maestro Casemiro.
Estou muito lisonjeado com tudo isso, agradeceu Antonio Pereira da Silva Neto, o Zulu, da escola de samba Camisa Verde e Branco, um dos homenageados. Segundo ele, o Dia da Consciência Negra é um avanço, mas ainda há muito trabalho pela frente. Esta consciência tem de vir mais forte em termos de cultura, em atividades socioculturais, destacou.
Também esteve presente Vera Lúcia de Lucena Bussinger, Secretária Municipal de Participação e Parceria que fez questão de exaltar a importância da participação da comunidade negra no desenvolvimento de São Paulo. São trabalhadores exemplares, pessoas que buscam cada vez mais a cultura da paz, que se preocupam efetivamente com o bem estar social e lutam, não só pelas suas reivindicações, mas pelas reivindicações de outros seguimentos, elogiou. Vera Lúcia também lembrou os jovens negros assassinados recentemente na onda de violência da região metropolitana de São Paulo. Gostaria de fazer um alerta pela paz, convidando as pessoas a se desarmarem, desarmarem o espírito, o coração e o preconceito, destacou.
Compareceram ainda Antonio Carlos Arruda, Coordenador de Políticas para a População Negra e Indígena, órgão da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo; e Cássio Rodrigo, Assessor de Gêneros e Etnias da Secretaria de Estado da Cultura.
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(21/11/2012 21h15)