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Setembro Amarelo: Campanha prioriza atenção e ajuda a pessoas com pensamento suicida

Por: FELIPE PALMA
DA REDAÇÃO

3 de setembro de 2024 - 16:22

Todos os anos, a campanha Setembro Amarelo busca chamar atenção da população para a importância de prevenir o suicídio. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, atingindo uma a cada 100 mortes registradas. Anualmente, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios. Apesar das taxas mundiais estarem diminuindo, a região das Américas vem em crescimento, como no Brasil.

No período entre os anos 2000 e 2019 o número de casos no Brasil subiu 43% indica pesquisa do Cidacs (Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde)/Fiocruz. A instituição também aponta que taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano entre 2011 e 2022. A taxa média de suicídio registra crescimento de 3,7% ao ano no país.

Presidente da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e coordenador nacional do Setembro Amarelo, Antônio Geraldo explica que pensamentos suicidas são causados por dúvidas e transtornos mentais. “Na verdade, sabemos que praticamente 100% daqueles que tentam suicídio têm algum tipo de doença mental não tratada ou de maneira errada. A maioria tem algum tipo de transtorno, aflição afetiva, depressão e outros quadros psiquiátricos, além de drogas”.

O suicídio, considerado por especialistas como um problema de saúde pública, é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. Segundo o último balanço apresentado pelo Ministério da Saúde, com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos. Jovens e adultos entre 15 e 29 anos estão no rol dos mais vulneráveis e, por isso, há um olhar de preocupação quanto à saúde mental desta faixa etária.

Para o especialista, é necessário ainda quebrar tabus e deixar estigmas de lado. “Estigmas são extremamente perigosos e que levam à morte. Tem o social, quando a pessoa tem alguma doença mental e aí a sociedade a rejeita e inferioriza; autoestima, quando a pessoa passa a acreditar naquilo que outras pessoas dizem e que ela é inferior; além do estrutural, quando o Estado não garante condições de igualdade”, comenta Antônio Geraldo.

O mês de setembro – marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do Suicídio – traz a cor amarela para conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio e ampliar a divulgação dos cuidados àqueles que tem ideação suicida. O CVV (Centro de Valorização da Vida) destaca na campanha deste ano a atenção que aproxima pessoas. Atenção dada 24 horas, sete dias por semana pelo telefone 188 ou ainda por canais digitais, como chat e e-mail.

Porta-voz e voluntária da entidade, Ana Kern, pontua que um acolhimento adequado é uma forma de ajudar quem precisa de acompanhamento. “A gente luta para que falar de suicídio não seja mais um tabu e sim um trabalhar um sintoma de saúde pública. No acolhimento, vamos ouvir mais do que falar, não é necessário a gente falar, mas abraçar e acolher. A pessoa precisa de ajuda para procurar um auxílio médico, então buscamos dar condições nos colocando à disposição e garantindo uma rede de apoio”.

Assista a reportagem especial produzida pela Rede Câmara SP:

 

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