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Setembro Verde alerta para a importância da doação de órgãos

Por: BEATRIZ DAMASCENO
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3 de setembro de 2021 - 09:00

O Setembro Verde é o mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos. A campanha é realizada desde 2014 e foi instituída em São Paulo a partir da Lei estadual n°15.463/2014. O verde foi escolhido por ser um símbolo mundial da doação de órgãos e a cor já é reconhecida como um símbolo de esperança.

O mês também não foi escolhido à toa, já que 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) a data foi selecionada como uma homenagem aos santos católicos São Cosme e São Damião, que são considerados padroeiros dos transplantes.

A causa é nobre, mas a doação de órgãos ainda não faz parte das conversas em família. As filas de espera ainda são longas para aqueles que esperam receber um órgão. Manifestar o desejo de ser um doador de órgãos para sua família é essencial,  para que tenham consciência da sua vontade. É importante ressaltar que o corpo do doador que já faleceu não tem deformidades após a cirurgia, sem necessidade de sepultamentos especiais.

Não há custo para família que autorizar a doação de órgãos, nem recompensa financeira. Mas, existe a oportunidade de salvar o que é mais valioso: a vida.

Como ser um doador?

Existem dois tipos de doadores: o doador em vida e o doador pós-morte encefálica. O doador em vida deve estar em boas condições de saúde e ter autorização judicial após avaliação médica.

Já o doador pós-morte encefálica tem o diagnóstico quando estão ausentes as funções neurológicas, quando o paciente doador está hospitalizado e respirando com a ajuda de aparelhos. Constatado, o quadro irreversível por morte encefálica e o funcionamento dos órgãos é possível ser um doador.

Como funciona a fila de espera?

Aqueles que precisam do transplante são cadastrados pelo médico na Lista Única Nacional. De acordo com a ABTO, o sistema de lista única tem ordem cronológica de inscrição e considera, por exemplo, as necessidades, tipo sanguíneo e a compatibilidade genética do doador com receptor.

Em relação ao desempate, a associação explica que os critérios são diferentes de acordo com o tipo de órgão ou tecido; a gravidade é motivo de priorização ou de atribuição de situação especial. Além disso, as crianças têm prioridade quando o doador também é criança, ou quando estão concorrendo com pacientes adultos.

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