Instituída pela Lei estadual n°15.463, de 18 de junho de 2014, a campanha Setembro Verde alerta para a importância da doação de órgãos. Mas, o assunto ainda precisa ser desmistificado para a população, que se engana com alguns mitos sobre a doação de órgãos.
Um dos propósitos da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) é disseminar informações que conscientizem a população no sentido científico, humanitário e moral. Veja alguns pontos que a ABTO esclarece sobre o procedimento de doação de órgãos.
Comunicar sua família
Quando um paciente tem diagnosticado a morte encefálica, ele torna-se um potencial doador. Nesse momento, a equipe médica responsável pelo diagnóstico e os membros da equipe de captação devem conversar com os familiares do paciente. É a família quem autoriza ou não que seja realizada a doação de órgãos, tornando-se a voz do doador. Por isso, é importante que seja expressada a vontade de ser doador de órgãos para familiares e amigos.
O corpo não fica deformado com a retirada dos órgãos
Segundo a ABTO, todo cuidado é aplicado na reconstituição do corpo do doador após a realização da retirada dos órgãos doados. O corpo do doador segue para o velório e sepultamento convencional sem deformidades (com exceção da cicatriz no abdômen).
A morte encefálica é um diagnóstico seguro
O diagnóstico de morte encefálica é realizado pela equipe médica que está acompanhando o quadro clínico do paciente. Antes do diagnóstico são realizados exames clínicos com intervalos de repetição para assegurar o resultado exato. A morte encefálica é permanente e irreversível.
Todas as pessoas são potenciais doadoras
Todas as pessoas são potenciais doadoras, exceto pacientes com diagnóstico de tumores malignos ou doenças infectocontagiosas. A seleção é realizada pelas equipes de transplantes de maneira responsável e cuidadosa.
O doador e os seus familiares não podem escolher o receptor, a indicação vem da Central de Transplantes, seguindo a lista de espera
Após a cirurgia de retirada de órgãos, a Central de Transplantes do Estado é comunicada para localização dos receptores mais compatíveis. Segundo a ABTO, a lista de espera é única e cronológica. Os pacientes que aguardam para receber a doação são separados de acordo com a gravidade, compatibilidade sanguínea e a genética. Crianças têm prioridade quando o doador é também uma criança ou quando estão concorrendo com adultos.