O superintendente de planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Ricardo Laiza, classificou como inaceitável o funcionamento do shopping center JK Iguatemi, na Zona Sul de São Paulo, sem a implantação de medidas mitigadoras para compensar o aumento do fluxo de veículos na região. Laiza esteve na Câmara Municipal nesta quarta-feira para reunião da Subcomissão das Contrapartidas, instalada no âmbito da Comissão de Finanças e Orçamento.
A principal contrapartida apontada pela Prefeitura para a região é a construção de um viaduto ligando a saída do JK Iguatemi à Marginal Pinheiros. Segundo Laiza, a obra levará pelo menos 12 meses para ficar pronta. A empresa WTorre, responsável pelo empreendimento, acusa o Executivo de demorar na entrega das especificações para início da construção.
Durante a reunião, o superintendente da CET refutou as críticas do presidente da subcomissão, Aurélio Miguel (PR), de que há dificuldade em relação ao shopping, mesmo com o empreendedor entregando 50% das contrapartidas. Liberar o shopping sem a mitigação vai dar problema, o prejuízo será no trânsito da Marginal Pinheiros, disse.
Para Aurélio Miguel, a Prefeitura sai perdendo com a suspensão da abertura do shopping JK Iguatemi. O vereador estima que o empreendimento passará a pagar R$ 10 milhões de IPTU quando for inaugurado.
Ricardo Laiza concordou que as perdas com impostos nesse caso são grandes, porém disse que não há nada que possa ser feito. Segundo ele, a aprovação é um processo longo. A dificuldade maior é aprovação da sinalização, e as outras ocorrem a partir disso, explicou. Muitas vezes o empreendedor apresenta projetos sem condição de aprovação, e na tentativa de corrigir rapidamente repetem os problemas, disse.
(17/5/2012 – 14h30)