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Simpósio de Arquitetura e Desafios Ambientais é aberto na Câmara

Por: JOTA ABREU - DA REDAÇÃO 

13 de maio de 2019 - 21:11

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Para discutir os efeitos da ação do homem na Terra e as consequências das alterações do clima, teve início nesta segunda-feira (13/5) o Simpósio Arquitetura e Desafios Ambientais, na Câmara Municipal de São Paulo. Iniciativa do vereador Eliseu Gabriel (PSB), em parceria com a Escola da Cidade (Plataforma Habita-Cidade), o evento vai até a próxima sexta-feira (17/5).

A primeira mesa de discussão teve como tema Resiliência Ecológica Frente às Mudanças Climáticas – Perspectivas na Cultura Brasileira. O intuito foi discutir como o planejamento urbano e a arquitetura podem colaborar para a redução de emissão de agentes poluidores e gases do efeito estufa.

Para a arquiteta e urbanista Luciana Travassos, professora de Planejamento Territorial da UFABC (Universidade Federal do ABC), uma das debatedoras, ainda existem desafios para conseguir criar territórios mais resilientes às mudanças climáticas no contexto brasileiro. “A primeira coisa que temos de fazer é trabalhar com os passivos que foram criados durante a produção do espaço, por exemplo, na metrópole que é São Paulo. No processo de crescimento urbano, existe a produção de territórios desiguais e vulneráveis, tanto do ponto de vista ambiental quanto social”, disse Luciana.

Fabiano Pupim, professor do Departamento de Ciências Ambientais na UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), também compôs a mesa. Integrante de um grupo que estuda grandes rios como Amazonas, Pantanal, São Francisco, Pupim procura compreender a “resposta” deles diante das mudanças climáticas. “Precisamos buscar indicadores da reação desses rios, [saber] se as características naturais estão sendo alteradas. Em termos de ações, são muitas questões, ligadas à conectividade das águas, dinâmica de disponibilidade hídrica e hidrelétrica, vários fatores diante do cenário que temos”, afirmou o especialista.

Segundo o vereador Eliseu Gabriel, o simpósio pretende colaborar para o aumento da consciência de quem de fato transforma a cidade, como no caso dos arquitetos, construtores, incorporadores e investidores. A intenção é estimular a reflexão aprofundada dos impactos das intervenções humanas sobre a natureza. E também sobre eventuais alterações nas formas de construções. “São questões fundamentais para nossa vida, e os arquitetos têm sempre muito a contribuir nesse assunto. E o mais importante é que esteja sendo realizado aqui no Parlamento. Não se pode apenas ter ideias e movimentos, e não chegar até onde está o poder”, avaliou Gabriel.

Para o representante da Escola da Cidade, Sidnei Carneiro Fernandes, professor de Manejo das Águas e Paisagismo Ambiental, há ainda a perspectiva de apontar novas direções para os setores que estejam em harmonia com ciclos naturais. E de sensibilizar agentes envolvidos na transformação das realidades urbanas e paisagens de forma geral.

Mediador da mesa, Fernandes explicou que as mudanças climáticas formam a tônica da crise ambiental nas cidades brasileiras. “As cidades precisam se planejar diante dessas mudanças, no campo ou nos meios urbanos, por conta da potência dos eventos climáticos, com chuvas, frio, furacões, etc. Para quem está ligado ao meio ambiente e planejamento urbano e territorial, é uma obrigação estar atento a esses fenômenos”, afirmou.

A Plataforma Habita-Cidade, que surgiu no curso de pós-graduação Habitação e Cidade, fomenta e organiza ações alinhadas aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) 2030, na perspectiva de defesa da governança planetária representada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e seus desdobramentos. São 17 os ODS para transformar o planeta, com vistas a acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar para todos, proteger o meio ambiente e enfrentar as mudanças climáticas.

O simpósio pretende produzir um documento com uma perspectiva clara sobre a relação entre projetos e meio ambiente, com a possibilidade de oferecer subsídios a instituições relacionadas à construção civil na discussão sobre sustentabilidade.

PROGRAMAÇÃO

Mesa 2 – 14/05

Mercado de Carbono

A mesa busca compreender como inserir, de maneira efetiva, na transformação provocada pela ação humana, a questão da responsabilidade sobre os impactos no planeta. A ideia é discutir o instrumento representado pela Economia de Carbono. E também entender em que medida se pode assumir em relação a ela uma postura pró-ativa, tendo em vista vantagens e limites, além de possibilidades complementares para aferir impactos.

Convidados: Juliana Campos, Paulo Saldiva, Ladislau Dowbor e Marius Lopesini

Temas: Protocolos da ONU: de Kyoto a Paris; Economia de Baixo Carbono; Saúde Humana e Cuidados com o Planeta; Consultoria e Arbitragem Ambiental e Modalidades de Contabilidade de Carbono.

Mesa 3 – 15/05

Ética e Sustentabilidade

Discussão sobre o significado e pertinência dos parâmetros presentes nas estratégias frente às mudanças climáticas e questões referentes ao cuidado com o meio ambiente. Com foco na ideia de compensações e recompensas, com foco na eficácia dessas iniciativas. A partir da ideia do planeta como um composto integrado litosfera-hidrosfera-atmosfera-biosfera, parâmetros e ênfases são colocados em xeque. A mesa traz a discussão sobre a pertinência de certificações ambientais na perspectiva de um Desenvolvimento Integral Humano.

Convidados: vereador Eliseu Gabriel, Sylvio Barros Sawaya, Leonardo Boff, Denise Duarte e Alejandra Devecchi.

Temas: Ética e recompensa nas compensações ambientais; Projeto sustentável: do Edifício à Cidade; Certificações Ambientais; Arquitetura e Cidade como Serviços Ecossistêmicos.

Mesa 4 – 16/05

Ecologia nas Tecnologias Digitais

Há atualmente inovações que prometem impactar profundamente a forma como vivemos e ocupamos o território: aplicação do método agroflorestal na produção de madeira para a construção civil em escala global, com a alocação de nosso potencial de mão de obra no campo, tecnologias alternativas e novas formas de gerar e armazenar energia, novos conceitos de mobilidade, novas maneiras de lidar com nossos recursos naturais, entre outros aspectos. A mesa trata do protagonismo de novas ferramentas digitais nesse contexto, pelo grande potencial que elas têm de fomentar novos processos de governança, além de irem ao encontro de duas premissas que deveriam nortear todas nossas ações.

Convidados: Pedro Moraes, Luiza Crosman, Rafael Zanatta, Pedro Markun e Thais Simoni.

Temas: Perspectiva Ecológica nas Tecnologias Digitais; Novas Estratégias; Mineração Virtual; Resíduos como Recursos e Novos Arranjos nos Espaços do Habitat Humano.

Mesa 5 – 17/05

Ativismos Verdes: Por uma Civilidade Ecológica

Algumas demandas importantes levantadas por diversos grupos e coletivos começam a constituir uma ampla rede de ações urbanas e periurbanas. As comunidades humanas são componentes fundamentais em ecossistemas urbanos e as ações antrópicas podem ser tanto nocivas como contribuírem para a saúde de um ecossistema.

Convidados: Luis de Campos, Cláudia Visoni, Cristine Takuá e Guilherme Castanha.

Temas: Paisagismo Produtivo – Agricultura Urbana, Florestas Urbanas, Purificação do Ar; Manejo Ecológico das Águas; Permacultura; Coletivos e Trabalhos Comunitários e Civilidade Ecológica.

Foto: André Moura / CMSP

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