A Câmara Municipal de São Paulo promoveu na noite da quinta-feira (26/09) o 1º Simpósio de Prevenção ao Suicídio Juvenil. O encontro contou com a participação de médicos psiquiatras, influenciadores digitais, artistas e comunicadores. Realizado pelo Instituto Sérgio Augusto, em parceria com o vereador Eliseu Gabriel (PSB), o simpósio foi parte da programação do Setembro Amarelo, campanha internacional, criada em 2015, de prevenção ao suicídio.
A presidente do Instituto Sérgio Augusto, Mony Santos, comentou sobre o trabalho realizado pela Organização. “O trabalho do Instituto é de extrema importância, de prevenção ao suicídio e combate. Nós temos grupos de apoio, terapia cognitiva e em grupo para pessoas que não têm condições financeiras de pagar um tratamento”, disse Mony.
O vereador Eliseu Gabriel falou sobre a realização do encontro. “É da maior importância, porque no Brasil acontece em torno de 12 mil suicídios por ano. São 12 mil mortes. É uma questão gravíssima”, afirmou o vereador.
Desde 2015, o mês foi escolhido em razão do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, celebrado todo ano no dia 10 de setembro. A data é organizada pela Associação Internacional para a Prevenção ao Suicídio e a Organização Mundial da Saúde. O Objetivo é conscientizar as pessoas ao redor do mundo que o suicídio pode ser evitado.
Para o psiquiatra Rodrigo Rocha a família deve estar atenta aos sinais. “O que a gente vê hoje em dia é um pouco de negligência, falta de conhecimento. Então ou os pais, a família, acabam valorizando muito a queixa e, na verdade, é uma queixa inerente da própria fase, que não caracteriza um fator de risco, ou o contrário. Muitas vezes, é negligenciado com ponto de vista como coisa de adolescente, por exemplo. Mas por trás disso tem uma pessoa sofrendo, pedindo socorro”, disse o psiquiatra.
Presença de artistas no Simpósio
Pessoas ligadas ao entretenimento que passaram por períodos depressivos trouxeram mensagens de superação.
O ator Matheus Ceará falou sobre a experiência que viveu. “Palhaço também chora. Eu tive recentemente uma crise de síndrome de pânico, e foi bem difícil. Eu acabei de casar, fui pai também. Então é uma coisa que você não consegue mais conciliar nada, perde o foco, a sua atenção. Então se não tiver uma estrutura familiar muito boa, se não tiver uma cabeça mais voltada à família, eu acredito que a pessoa pode acabar indo para um caminho diferente”, comentou o ator.
A cantora Claúdia Bossle, viúva do Champignon, ex-baixista do Charlie Brown Jr, que tirou a vida em 2013, conta como transformou a dor da perda em auxílio ao próximo. “Quando tudo aconteceu comigo, em 2013, não existia nada disso. Acho que vai ser muito importante para as pessoas poderem ter um acolhimento, que entenda essa dor”, disse Claúdia.
O apresentador Luciano Facciolli também fez questão de participar do evento.
“É um tema que precisamos comunicar e informar cada vez mais para que a prevenção evite qualquer situação constrangedora que lá na frente não dá para recuperar. Então quanto mais falado, melhor para que a gente possa evitar situações desesperadoras”, disse o apresentador.
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