A Câmara Municipal de São Paulo recebeu nesta quinta-feira a segunda edição do Simpósio Brasileiro de Doenças Musculares, realizado pela Organização de Apoio aos Portadores de Distrofias (OAPD). Aberto pelo vereador Claudio Fonseca (PPS), o evento contou com os principais especialistas em doenças neuromusculares do Brasil e com a presença de Sergio Contente, secretário adjunto da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida
O objetivo do simpósio foi trazer esclarecimentos a pacientes, profissionais da saúde, cuidadores e sociedade em geral sobre as distrofias musculares e doenças neuromusculares. Atualmente, há mais de 30 distrofias desse tipo conhecidas. Queremos chamar a atenção dos poderes públicos em relação às pessoas que possuem a doença, além de alertar sobre a necessidade de aumentar as pesquisas na área, afirmou Claudio Fonseca.
Michel Costa, de 23 anos, portador de distrofia muscular, acompanhou o simpósio ao lado da mãe, Meire Costa, e do irmão, Diewelon Costa. Por meio da OAPD, ele recebe apoio para aquisição de equipamentos e fisioterapia em casa. As pessoas precisam quebrar o gelo, conhecer mais sobre o assunto, afirmou sobre a importância do evento.
Samara Burba Tanaka, estudante do 4º semestre de fisioterapia da FMU, também ficou interessada e decidiu comparecer. Para ela, a doença que chama mais atenção é a distrofia muscular de Duchenne. Tivemos neurologia na faculdade e vimos algumas dessas doenças, comentou.
Diego Simões Barreto, presidente da OAPD, lembrou que a Doença de Pompe merece mais esclarecimentos. É uma doença rara. Atualmente, o Brasil possui 28 pessoas diagnosticadas. Se ela for mais conhecida, o número de diagnósticos pode aumentar.
A Doença de Pompe é uma doença neuromuscular facilmente confundida com outras patologias por ter como característica principal a fraqueza muscular em membros superiores e inferiores. Afeta, lenta e progressivamente, a capacidade de correr, subir escadas, caminhar e levantar os braços acima dos ombros.
(13/9/2012 – 16h15)