RenattodSousa / CMSP
A Câmara realizou na noite desta quinta (10/10) uma sessão solene em homenagem aos 60 anos da Petrobrás. O evento reuniu políticos e sindicalista que, além de celebrar o papel da empresa para o desenvolvimento do país, pediram o cancelamento do leilão do Campo de Libra, previsto para acontecer no próximo dia 21.
Com reservas estimadas entre 8 e 12 bilhões de barris de Petróleo, Libra é o maior campo de exploração já descoberto no país. Pelas regras do leilão, o consórcio vencedor deverá repassar pelo menos 40% do Petróleo extraído para a União, além de pagar um bônus de R$ 15 bilhões ao governo.
Na opinião do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio de Moraes, a Petrobrás tem capital e tecnologia para extrair o petróleo de Libra sem precisar de parceiros estrangeiros que ficarão com parte dos lucros obtidos com a extração.
Não é nenhum exagero dizer que o Campo de Libra é uma outra Petrobrás em matéria de reservas. Então nos mobilizarmos contra o leilão de Libra é especialmente importante e simbólico, acredita o sindicalista.
Proponente da sessão, a vereadora Juliana Cardoso (PT) lembrou que a criação da empresa, em 1953, foi resultado de uma grande campanha popular que exigia o monopólio estatal na exploração do petróleo.
O Brasil que achou o Pré-Sal e cabe a nós esse tesouro. A gente já perdeu tanta coisa, a cana, o café, que eram tesouros aqui do Brasil e foram privatizados, lamentou a petista.
Também presente ao evento, o presidente da Câmara, José Américo (PT), lembrou o papel da Petrobrás no desenvolvimento tecnológico e econômico brasileiro – legado que pode estar ameaçado com a partilha do Pré-Sal.
Isso pode significar abrir mão dessa riqueza, abrir mão de que a exploração seja feita pela Petrobrás. Libra é uma plataforma petrolífera avaliada em mais de U$$ 2 trilhões ou US$ 3 trilhões.
RenattodSousa/CMSP
(10/10/2013 21h52)