
Audiência Pública discutiu a Síndrome Alcoólica Fetal na Câmara Foto: Luiz França / CMSP |
Da Redação
A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), doença causada pela ingestão de álcool durante a gravidez, foi discutida nesta quarta-feira (13/8), na Câmara Municipal, pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher. O objetivo da audiência foi esclarecer dúvidas e alertar sobre a gravidade do problema.
A síndrome é causada pela ingestão de qualquer quantidade de bebida alcoólica durante o período de gestação, e que pode acarretar problemas graves ao bebê ou surgir efeitos tardiamente. Ela apresenta diversas manifestações, entre elas alterações comportamentais, malformações congênitas neurológicas, cardíacas e renais.
Para a vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), a SAF é muito mais grave do que se imagina e não é difundida como deveria. “O QI de uma criança com a síndrome é de 60 a 70. Dessa forma, ela não tem condições de frequentar uma escola, ser alfabetizada, entrar na universidade e muito menos no mercado de trabalho”.
De acordo com a médica Conceição Segre, coordenadora do grupo de pesquisa sobre a Síndrome na Sociedade de Pediatria de São Paulo, o primeiro local do corpo humano que o álcool atinge é a cabeça, e o tratamento é extremamente previsível. “Basta não beber. Ainda não sabemos a partir de quantos miligramas de álcool a ingestão pode ser prejudicial. Por isso alertamos toda mãe para que não beba durante a gravidez”, afirmou.
(13/08/2014 16h03)