Em reunião da Comissão Extraordinária de Relações Internacionais, nesta terça-feira (7/5), foi aprovado requerimento para a realização de audiência pública sobre a situação da Venezuela e dos imigrantes do país vizinho que chegam à cidade de São Paulo.
De autoria da presidente da comissão, a vereadora Janaína Lima (NOVO), o requerimento solicita que a Secretaria Municipal de Relações Internacionais da cidade apresente uma relação dos convênios do município firmados com organismos internacionais. “O intuito dos requerimentos é convidar o secretário-executivo, que está à frente da Secretaria Municipal de Relações Internacionais da prefeitura, para que ele possa encaminhar um levantamento do plano de ação, e a visão que a secretaria vem desenvolvendo”, comentou Janaína.
A presidente do colegiado também apresentou o plano de ação que tem como finalidade destravar acordos e cooperações, com o objetivo de conectar a cidade de São Paulo a outros países por meio de parcerias.
Para o vereador Arselino Tatto (PT), a comissão visa aprofundar o intercâmbio cultural de São Paulo com o exterior. “Somos conhecidos no mundo como o país que mais recebe bem os imigrantes. Vamos fazer um trabalho sério no sentido de nos aproximarmos das cidades amigas. Estamos animados com o colegiado, e será muito importante para o fortalecimento da Câmara Municipal de São Paulo”, disse Tatto.
A Comissão de Relações Internacionais recebeu mensagens de três consulados sediados em São Paulo – Irlanda, França e Áustria –, que parabenizaram os vereadores pela criação do colegiado e se prontificaram a colaborar.
Internacionalistas
A comissão recebeu Carlos Rifan, presidente da ANAPRI (Associação Nacional de Profissionais de Relações Internacionais), e o vice-presidente da entidade, Francisco Pereira, que buscam o reconhecimento da profissão de internacionalistas, como são chamados os profissionais que atuam em Relações Internacionais.
Segundo o presidente da ANAPRI, a ideia inicial da associação é enviar um texto à Comissão Brasileira de Ocupações. “Seguimos o artigo 174 da Constituição Federal, que diz que ao profissionalizar uma área a União não poder cuidar dessa área, pode-se abrir uma associação privada que tome conta dessa área. Já preparamos esse texto, já houve a aprovação na Secretaria do Trabalho e estamos aguardando a publicação”, disse Rifan.
Para a vereadora Adriana Ramalho (PSDB), é preciso levar o debate para a esfera nacional. “Após o encontro de hoje, estamos a caminho de ajudar a profissionalização das pessoas de Relações Internacionais, que trabalham de uma forma muito macro, para poder fazer com que haja uma economia mais valorizada”, disse a vereadora.
Também esteve presente ao encontro o vice-presidente da comissão, vereador Mario Covas Neto (PODE).