A mobilidade urbana é um grande desafio para São Paulo e uma das alternativas para melhorar a locomoção dos cidadãos, segundo o vereador Ricardo Nunes (PMDB), seria transformar rios e represas navegáveis em hidrovias. O exemplo vem de países como China, França, Holanda e Suécia.
O projeto possui características e objetivos que podem revolucionar o transporte coletivo e tornar São Paulo uma metrópole com qualidade de vida para seus habitantes, justificou Nunes. A alternativa é defendida no Projeto de Lei (PL) 54/2013 que está em tramite na Casa.
Para Alexandre Delijaicov, coordenador do Grupo Metrópole Fluvial, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU), a capital paulista tem estrutura para hidrovias. A situação dos rios na cidade favorece o transporte fluvial e, no caso das represas Guarapiranga e Billings, já poderia até começar, bastaria apenas colocar as embarcações, afirmou.
De acordo com o projeto, o Sistema de Transporte Público Hidroviário atende a população em suas necessidades de locomoção para o trabalho e lazer, e pode ser articulado com terminais de ônibus e estações do metrô.
Segundo Delijaicov, a ideia de integração com os outros meios de transporte é ponto importante do projeto. O Bilhete Único pode ser utilizado para que as pessoas possam pegar o transporte fluvial, metrô, ônibus e trem, acrescentou.
O coordenador do grupo ainda destaca a possibilidade de instalar ecoportos, similares aos ecopontos, nas margens dos rios e represas. São Paulo pode servir de exemplo para outros municípios fazendo com que a água seja vista também como uma via de deslocamento de materiais recicláveis, mostrando que a boa gestão de resíduos sólidos está diretamente ligada à qualidade das águas, finalizou.
(Crédito: Grupo Metrópole Fluvia/ FAU-USP)