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Lideranças e praticantes do skate na cidade de São Paulo participaram nesta quinta-feira de um encontro na Câmara de São Paulo para debater os rumos do esporte e propor soluções. A reunião foi uma iniciativa do vereador Eduardo Tuma (PSDB).
Segundo Vladimir Arruda, fundador da associação de skatistas Quintal do Ipiranga, o maior problema atualmente é que o skate não está encaixado em nenhum tipo de legislação. Além da falta de ruas de lazer e fiscalização, não temos junto à prefeitura alguém que represente efetivamente os skatistas, disse. Arruda defende que seja criado um conselho municipal para o skate, órgão formado por representantes da prefeitura e da sociedade civil e que representaria a categoria de forma continuada, independentemente das trocas de gestões do Executivo.
Segundo pesquisa encomendada pela Prefeitura de São Paulo em 2002, o skate é o segundo esporte mais praticado no país, depois do futebol. Recentemente, houve troca de agressões entre skatistas e Guardas Civis Metropolitanos na Praça Roosevelt, no Centro, e isso foi um dos fatores que levou a esse encontro. “No Museu do Ipiranga tivemos o mesmo problema, mas criamos uma associação e nos reunimos com o conselho gestor do parque, negociamos com eles e com a comunidade, criamos regras e horários e resolvemos a questão. Na Roosevelt, deveria ser da mesma forma”, defendeu Arruda.
Nosso intuito aqui foi reunir os praticantes das várias modalidades de skate para que possamos nos aproximar do poder publico e lutar por uma regulamentação para o esporte, que não impeça que os skatistas continuem praticando seu esporte e também não prejudique quem não anda de skate, disse o vereador Tuma.
Entre as reivindicações dos skatistas estão a indicação de ruas de lazer para a prática do esporte, a criação de um manual de uso do skate em espaços públicos, um guia de equipamentos e calendário da cidade e a criação de um manual básico para a construção de pistas na Capital.
(21/02/2013 21h)