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Só 1% dos resíduos é recolhido por coleta seletiva

2 de dezembro de 2010 - 16:42

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Profissionalização e treinamento das empresas de reciclagem são demandas das entidades

Na sua reunião desta quinta-feira (02/12), a Comissão Extraordinária do Meio Ambiente abordou a reciclagem de vidro e de materiais plásticos. Os convidados foram o superintendente-geral da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (ABIVIDRO), Lucien Belmonte; e Ricardo Jamil Hajaj, da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST).

Ao abordar na sua fala o modelo nacional da reciclagem do setor, Lucien sustentou a tese da necessidade de existir uma entidade nacional gerenciadora, uma instituição única que trabalhe não só com vidro, mas com embalagens e que possa conversar com todos os agentes da cadeia. Para ele, essa entidade deve ser privada, mas sem fins lucrativos, e se encarregar da logística e da interlocução entre os agentes.

Lucien recomenda mudança de patamar das cooperativas de reciclagem, com capacitação e investimentos previstos na política nacional de resíduos sólidos para trazer enorme impacto social. Também considera fundamentais infraestrutura adequada e triagem da coleta seletiva municipal.

Distinguiu o trabalho feito em cidades espalhadas e concentradas. Bairros adensados como Jardins têm mais consumo e exigem soluções diferentes de bairros como Jardim Ângela, pontuou.

O Brasil é um consumidor per capita de plástico ainda baixo. Temos perspectiva de crescer, mas de forma sustentável e com essa base de reciclagem funcionando, salientou Hajaj, da ABIPLAST, cuja entidade representa 260 empresas associadas.

Segundo ele, apenas 1% dos resíduos gerados no Município de São Paulo é coletado por coleta seletiva. São 152 empresas de reciclagem de materiais plásticos cadastradas no Estado de São Paulo e 22 na Capital paulista.

Hajaj ressaltou a informalidade e a desorganização que impera nessas cooperativas e reivindicou linhas de crédito e incentivos fiscais para o segmento. São empresas familiares. Precisamos ajustar e organizar o setor.

Mas o denominador comum das palestras foi a necessidade da conscientização da população.

O vidro é um setor completamente diferente do plástico, é 100% reciclável. Tem vários tipos de plásticos, o que é um pouco mais complicado. Mas, de qualquer maneira, temos de chegar a um modelo para que o plástico possa retornar à indústria, mas jamais ser revertido para o meio ambiente, opina o presidente da Comissão, vereador Floriano Pesaro (PSDB). 

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