Sessão solene em homenagem ao Instituto Fraternal de Laborterapia, que atua na recuperação de dependentes químicos
Luiz França / CMSP
Uma sessão solene realizada na noite desta sexta-feira (16/9) pela Câmara Municipal de São Paulo homenageou o IFL (Instituto Fraternal de Laborterapia) por seus serviços dedicados à recuperação de dependentes do alcoolismo e de outras drogas e seus familiares. A homenagem foi uma iniciativa do vereador Calvo (PDT).
O Instituto Fraternal de Laborterapia é uma entidade beneficente fundada em 14 de Janeiro de 1968. Uma das pioneiras em São Paulo na recuperação de dependentes químicos e familiares e na formação de voluntários, estimulando a orientação e prevenção através de cursos ministrados por profissionais especializados nesta área.
“Esse instituto teve por bem recuperar famílias e envolvê-las no tratamento dos dependentes químicos, e isso deu muito certo porque a recuperação foi em porcentagem muito maior do que se esperava, mostrando que era um caminho novo, uma alternativa de tratamento, de recuperação, para reagregar as famílias, e isso foi excepcional”, ressaltou o vereador Rubens Calvo.
Segundo o presidente do Conselho Deliberativo da IFL, Roberto Peres Gomesan, a instituição é mais do que apenas seu trabalho voluntário. Ele mesmo é um recuperando atendido pela IFL que hoje dedica seu tempo em prol de outras pessoas. Gomesan falou do significado da instituição em sua vida.
“Esse mês faz 21 anos que parei de beber. É um divisor de águas em todos os sentidos. Não é só parar de consumir a substância, a reunião é uma renovação na vida da gente, é uma proposta nova. Dentro da reunião de apoio com os companheiros a gente cria um aprendizado, entende sobre a nossa doença e entende sobre a vida. Porque, às vezes, temos algumas questões na vida e a própria dinâmica da reunião de apoio ajuda”, explicou Gomesan.
O presidente da IFL, Geraldo de Sousa, agradeceu a homenagem lembrando que o reconhecimento ao trabalho do instituto é uma motivação para continuar atendendo a quem precisa e ultrapassando os desafios de se manter o projeto ativo. “Veja bem, a situação hoje de São Paulo em termos de drogas, nós dizemos que temos aí ‘Cracolândias’ espelhadas por São Paulo inteira. Então, para nós é uma honra e um impulso, um incentivo muito grande para que a gente continue, porque custa muito caro manter 42 pessoas em uma instituição gratuita, custa muito caro”, afirmou.
SOU MAIS UM DOS RECUPERANDO DO I F L, 14 ANOS DE SOBRIEDADE , E SOU VOLUNTÁRIO , E UM TRABALHO QUE NÃO PODE PARAR, NÃO FAZEMOS MILAGRE, MAS DAMOS UMA SEMENTINHA PARA CADA UM QUE NUS PROCURA , AI SÓ DEPENDE DELE, SI VAI DA FRUTO OU NÃO …OS MEUS ESTAO EXCELENTES.