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SP anuncia ampliação de aulas presenciais para o 2º semestre e três milhões de testes de Covid-19

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

16 de junho de 2021 - 16:35

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (16/6), o Governo do Estado de São Paulo anunciou o novo plano de ampliação da retomada das aulas presenciais da Educação Básica para o segundo semestre de 2021 em São Paulo.

Novas regras

A partir de agosto, o distanciamento mínimo entre as pessoas passa a ser de 1 metro e não mais de 1,5 metro. Cada escola irá elaborar o seu plano de retorno levando em consideração a realidade da comunidade escolar, e neste momento a volta às aulas presenciais não será obrigatória para os estudantes.

“Neste novo plano, a partir de agosto, cada escola deverá determinar a capacidade de acolhimento total de alunos de acordo com a sua realidade, desde que sejam respeitados todos os protocolos de prevenção, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento mínimo de um metro entre os estudantes na sala de aula”, afirmou o governador João Doria (PSDB).

Testagem

O Governo de São Paulo viabilizará três milhões de testes de Covid-19 destinados aos profissionais da educação e estudantes. Os testes serão aplicados em parceria com Secretarias Municipais de Saúde em casos sintomáticos.

Protocolos

Os demais protocolos de segurança para o combate ao coronavírus como uso correto de máscara, medição de temperatura, higienização constante das mãos e identificação e afastamento de casos suspeitos ou confirmados serão mantidos. “Quanto mais tempo demorarmos a voltar, maior será o déficit de aprendizagem dos nossos estudantes. É urgente voltarmos com nossas crianças, jovens e adultos às aulas presenciais”, destacou o Secretário Estadual de Educação, Rossieli Soares.

Serviço essencial

O Governo do Estado já havia decretado a Educação como um serviço essencial e com o novo plano de ampliação da retomada das aulas em agosto, a Secretaria da Educação quer minimizar os efeitos causados pela pandemia.

De acordo com dados apresentados durante a coletiva, sem o ensino presencial, os impactos na aprendizagem também são grandes. Avaliação feita pela Seduc-SP e a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) detectou uma estimativa de 11 anos para os alunos da rede estadual recuperarem a aprendizagem em Matemática.

Além disso, os impactos na saúde emocional dos estudantes podem ser potencializados. Um estudo feito pela Seduc-SP em parceria com o Instituto Ayrton Senna antes da pandemia já mostrava baixos índices na auto percepção dos alunos em aspectos emocionais que podem piorar depois de tanto tempo longe das salas de aula.

Vacinação dos servidores da Educação

Segundo a administração estadual, em 10/4, foi iniciada a vacinação dos profissionais da Educação para o público acima de 47 anos. Junto à segunda etapa, que contemplou pessoas com comorbidades, a imunização contra a Covid-19 alcançou 400 mil profissionais da Educação Básica de todas as redes de ensino em todo o Estado.

No dia 9/6, foi antecipada a vacinação para profissionais com 45 e 46 anos, beneficiando 80 mil pessoas, e desde 11/6, todos os profissionais da Educação Básica paulista com mais de 18 anos também podem ser imunizados, totalizando 843 mil servidores da educação de todo o Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta quarta-feira (16/6), a capital paulista totalizava 32.050 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.223.708 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo nesta quarta é de 78,6%.

Já o índice de isolamento social na cidade de São Paulo nesta terça-feira (15/6) foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

O Instituto Butantan abriu o pré-cadastro dos voluntários interessados em participar dos estudos clínicos da Butanvac. Os ensaios clínicos serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. Nesta fase 1, participarão 418 voluntários selecionados acima de 18 anos. As fases 2 e 3 deverão recrutar até 5 mil voluntários.

O processo de recrutamento dos interessados terá início assim que houver a autorização dos ensaios clínicos por parte do Conep (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa). Os interessados maiores de 18 anos em participar do pré-cadastro devem acessar o site do Instituto Butantan e preencher um formulário. Quem cumprir esta etapa será posteriormente avisado sobre os próximos passos do estudo e como se cadastrar nos centros de pesquisa, que farão o recrutamento dos voluntários.

O Instituto Butantan já possui 8 milhões de doses estocadas da Butanvac, que passará por estudos clínicos que provarão sua segurança e eficiência antes de ser aprovada para uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em outubro, a expectativa é ter 40 milhões de doses prontas.

“A Butanvac é a vacina versão 2.0. É uma evolução à primeira geração de vacinas, não só sob o ponto de vista da resposta imune, mas também da plataforma produtiva. É uma vacina feita na plataforma da vacina da gripe e tem enormes vantagens: pode estar disponível em grande volume para o mundo e por um custo muito menor do que as vacinas que sendo usadas”, reforçou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas na coletiva desta quarta do Governo do Estado.

Inicialmente, o estudo clínico vai avaliar se a vacina é segura e a seleção de dose. Em um segundo momento, será estudada a imunogenicidade, quer dizer, a resposta imunológica que os participantes do estudo desenvolverão. O estudo clínico da Butanvac será de comparação, ou seja, os resultados da pesquisa serão comparados aos das vacinas já descritas, permitindo inferir a eficiência da vacina.

Nos ensaios clínicos tradicionais, é feito um paralelo entre o grupo vacinado e um grupo controle. Mas como os marcadores imunológicos e parâmetros de segurança já foram estabelecidos pelas demais vacinas em uso, já se sabe o que esperar de uma vacina contra a Covid-19.

A pesquisa será realizada de acordo com os mais altos padrões internacionais éticos e de qualidade. Os resultados vão determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir a Covid-19.

A tecnologia da Butanvac utiliza o vírus da Doença de Newcastle geneticamente modificado, desenvolvido por cientistas norte-americanos na Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova York. O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O desenvolvimento complementar da vacina é todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.

A Doença de Newcastle é uma infecção que afeta aves e, por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de Influenza do Butantan. O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. Ele é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro.

A tecnologia para a produção da Butanvac já é usada há 10 anos na fábrica de vacinas contra a gripe do instituto, e usa o cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos.

Mais sobre o novo coronavírus 3

O Instituto Butantan entregou nesta quarta-feira (16/6) ao Ministério da Saúde um lote de um milhão de doses da vacina Coronavac contra Covid-19. Essa remessa é parte das 5 milhões de doses previstas para serem liberadas ao longo do mês de junho para o PNI (Programa Nacional de Imunizações). As doses entregues hoje já contemplam o segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 54 milhões de vacinas. O primeiro, de 46 milhões, foi cumprido no dia 12/5.

O novo lote de 5 milhões de doses está sendo produzido a partir dos 3 mil litros de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) recebidos no dia 5/5. O envase da matéria-prima foi iniciado no dia 27/5 e terminou na madrugada do dia 30/5. Parte das doses já envasadas está em outras etapas do processo produtivo, como inspeção de controle de qualidade.

No total, já foram fornecidas ao PNI  50,012 milhões de doses desde janeiro, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O Butantan informou que até o fim de junho receberá um novo lote de 6 mil litros de IFA para a produção de mais 10 milhões de doses.

Atuação do município

A capital paulista iniciou nesta quarta a imunização de seus moradores com 56 e 57 anos, grupo que corresponde a 275 mil pessoas segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde. Seguindo o escalonamento da Prefeitura, nesta quinta-feira (17/6), poderão se vacinar pessoas com 54 e 55 anos, público estimado em 290 mil moradores da capital. Para receber o imunizante é necessário apresentar no ato da vacinação um comprovante de residência na capital, juntamente com os documentos pessoais, preferencialmente CPF e cartão SUS. A medida é necessária para garantir a vacinação à população do município de São Paulo.

O comprovante de endereço no município de São Paulo pode ser apresentado de forma física ou digital. Se não houver no próprio nome do munícipe, serão aceitos comprovantes em nome do cônjuge, companheiro, pais e filhos, desde que apresentado também um documento que comprove o parentesco ou estado civil (RG, certidão de nascimento, certidão de casamento ou escritura de união estável).

Veja o calendário de vacinação, os grupos elegíveis e a relação completa dos postos de vacinação acessando a página Vacina Sampa. A secretaria também recomenda o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já. Para agilizar o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento para concluir o cadastro.

A Câmara durante a pandemia

Na reunião ordinária virtual da Comissão Extraordinária de Relações Internacionais da Câmara Municipal de São Paulo desta quarta-feira (16/6), vereadores e convidados discutiram o plano de vacinação da cidade, no que diz respeito à aquisição de vacinas de outros países.

A reunião contou com a participação da doutora Sandra Maria Sabino Fonseca, secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, e de Luiz Carlos Zamarco, secretário-adjunto da Secretaria Municipal da Saúde.

Avanços da pandemia, estratégias para reduzir o número de pessoas que não voltaram para receber a segunda dose e protocolos sanitários nas escolas municipais também foram temas debatidos na reunião do colegiado.

*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus

1ª edição

2ª edição

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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