Nesta quarta-feira (1/12), a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou o terceiro caso da variante Ômicron no país. Passageiro de um voo da Etiópia, o homem de 29 anos, já vacinado, não apresentava sintomas e desembarcou em Guarulhos no último sábado (27/11), quando testou positivo para Covid-19.
Os dois primeiros casos da variante foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz na tarde de ontem e tratam de um homem de 41 anos e sua esposa de 37, que vieram da África do Sul.
Hoje, a vigilância municipal da capital paulista atualizou as informações sobre o casal. Inicialmente, havia sido informado que ambos não estavam imunizados, mas eles receberam a vacina da Janssen na África do Sul. Todos estão sendo acompanhados pela secretaria estadual.
Após a confirmação dos três casos, o Governo do Estado solicitou ao seu Comitê Científico uma nova avaliação sobre o uso de máscaras em ambientes abertos. Segundo o governador João Doria (PSDB), o objetivo é analisar o possível impacto da nova variante para a flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos, uma medida anunciada para o próximo dia 11 de dezembro. A previsão é que o parecer fique pronto na próxima semana.
Atuação do município
A Secretaria Municipal da Saúde realiza nesta quarta-feira (1/12) um trabalho de busca ativa para população em situação de rua que ainda não completou o ciclo vacinal ou já é elegível para a dose de reforço.
As ações são realizadas de forma presencial durante todo o dia. Até às 11h desta manhã, mais de 80 pessoas já tinham sido atendidas pela equipe do Consultório na Rua.
De acordo com os números da Prefeitura, até a última sexta-feira (26/11), 42.618 doses de vacina contra a Covid-19 foram aplicadas em pessoas em situação de rua.
Mais sobre o novo coronavírus 1
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta terça-feira (30/11), a capital paulista totalizava 39.241 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.550.551 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta (01/12), é de 26,9%.
Já na terça (30/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 37%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Mais sobre o novo coronavírus 2
Em um comunicado de alerta para o mundo na tarde desta quarta-feira (1/12), a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a baixa cobertura vacinal e o nível de testagem insuficientes são uma receita perfeita para o surgimento de variantes da Covid-19.
Nas palavras do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o fim da pandemia é uma questão de escolha e não sorte. “Globalmente, temos uma mistura tóxica de baixa cobertura de vacinação e rastreio muito baixo, uma receita perfeita para as variantes se reproduzirem e se amplificarem”, disse Tedros.
A Ômicron tem preocupado especialistas por apresentar muitas mutações que a tornam mais contagiosa e potencialmente mais resistente às vacinas, o que será comprovado ou não em breve, já que a variante é alvo de vários estudos em andamento no mundo todo.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira
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