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SP não registra intercorrência com doses da Coronavac de lotes suspensos pela Anvisa

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

8 de setembro de 2021 - 17:35

O Governo de São Paulo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (8/9), confirmou que não foram registradas intercorrências com as doses da Coronavac presentes nos lotes suspensos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A Secretaria de Estado da Saúde, monitora a situação dos imunizantes e não registrou, desde o último sábado (4/9), nenhuma notificação de evento adverso com os lotes que haviam sido distribuídos e aplicados. Cidadãos que receberam as doses, cuja qualidade foi devidamente validada pelo Governo Federal, devem ser observados por 30 dias, como medida preventiva de segurança.

Antes da distribuição para a população, as 4 milhões de doses disponibilizadas na rede de saúde estadual passaram por rigoroso controle de qualidade e foram certificadas pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade), órgão da Fiocruz do Governo Federal, responsável pela avaliação da qualidade de todos os imunizantes distribuídos no Brasil. As vacinas foram validadas e, portanto, tiveram a qualidade garantida para a utilização na população.

Do total de 4 milhões de doses distribuídas dos lotes bloqueados pela Anvisa, a Secretaria de Saúde identificou 224.737 doses que não estão aplicadas e/ou registradas no sistema de informação oficial para registro de doses (VaciVida). Estes imunizantes, apesar de terem sua qualidade garantida pelo INCQS e pelo controle de qualidade do Instituto Butantan, devem ser reservados e armazenados pelas equipes municipais, mantendo em quarentena na temperatura de +2 °C a +8 °C conforme orientação da Anvisa e até a liberação pelo órgão federal.

A Secretaria de Estado da Saúde também orientou os municípios quanto ao monitoramento por 30 dias de todas as pessoas que tomaram as doses, sendo que todo e qualquer evento adverso deve ser registrado no VaciVida.

Dose de Reforço

Representantes do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo anunciaram durante entrevista coletiva nesta quarta (8/9), que estudam a aplicação de uma quarta dose de vacina contra a Covid-19 em pessoas transplantadas. Eles avaliam que a resposta imune apresentada por pacientes transplantados é bem mais baixa do que na população em geral.

Segundo José Medina, integrante do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo e superintendente do Hospital do Rim, na capital paulista, a baixa imunidade ocorre com todas as vacinas aplicadas no Brasil. Uma das causas para essa baixa resposta, de acordo com Eloísa Bonfá, diretora do Hospital das Clínicas, pode se referir aos medicamentos tomados pelos transplantados.

“Nos pacientes transplantados que receberam a primeira e segunda dose de outras vacinas, da Pfizer, da AstraZeneca ou da Moderna, a resposta foi tão precária quanto a resposta da Coronavac. Por isso que a nossa proposta agora é fazer reforço da quarta dose, talvez de uma quinta dose, para aquelas pessoas que não tiveram uma resposta adequada”, explicou Medina.

Medina disse que um estudo feito com 12 mil transplantados apontou que 21% deles tiveram Covid-19. Um em cada quatro desses pacientes transplantados positivos para a Covid-19 morreu por causa da doença. “Isso é dez vezes maior do que na população em geral”, disse.

O estudo comparou pacientes transplantados e funcionários do Hospital do Rim. Após a primeira dose da vacina Coronavac, a soroconversão ou formação de anticorpos contra a Covid-19 foi de 79% entre os funcionários. Já nos transplantados, foi apenas de 15%.

“A resposta sorológica do paciente transplantado contra o vírus induzida pela vacina foi cinco vezes menor que na população de funcionários do hospital”, disse Medina. Já após a segunda dose, a resposta foi de 98% entre os funcionários e apenas 45% entre os pacientes transplantados.

Por isso, segundo ele, foi iniciado um estudo para avaliar a resposta após a aplicação de uma terceira dose da vacina Coronavac em pacientes transplantados. “O estudo foi feito antes do assunto da terceira dose ser abordado na população em geral, porque essa resposta no transplantado estava nos intrigando muito. E a terceira dose aumentou para 53% a resposta nos pacientes transplantados”, disse.

São Paulo começou a aplicar a terceira dose de vacina contra a Covid-19 na segunda-feira (6/9). Esta vacinação, segundo o governo de São Paulo, será escalonada, iniciando pelas pessoas com idade acima de 90 anos. No primeiro dia de vacinação, quase 99% das doses adicionais aplicadas foram de Coronavac.

Pelo calendário divulgado pelo governo, pessoas com idade acima de 90 anos serão vacinadas até o dia 12 de setembro, público estimado em 148,7 mil pessoas. Pessoas entre 85 e 89 anos de idade começam a ser vacinadas com dose adicional no dia 13 de setembro. Essa faixa etária representa 231,7 mil pessoas em São Paulo.

Entre os dias 20 e 26 de setembro, as doses estarão disponíveis para os que têm de 80 a 84 anos de idade. Também estão inclusos nesse período os adultos imunossuprimidos, como pacientes em tratamento de hemodiálise, quimioterapia, aids, transplantados, entre outras pessoas em alto grau de imunossupressão. Nesse caso específico, a dose adicional será aplicada pelo menos 28 dias após a data da conclusão do esquema vacinal, seja pela segunda dose ou dose única (Janssen). Juntos, esses grupos totalizam 280 mil pessoas.

A partir do dia 27 de setembro serão contempladas 242,8 mil pessoas na faixa de 70 a 79 anos de idade. Já no dia 4 de outubro, começa a vacinação de dose extra dos idosos de 60 a 69 anos de idade, totalizando mais 103,9 mil pessoas.

Mais sobre o novo coronavírus

De acordo com o boletim mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta terça (7/9), a capital paulista totalizava 37.298 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.429.749 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta-feira (8/9), é de 35,1%.

Já nesta terça (7/9), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 42%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou autorização emergencial, em caráter experimental, de um medicamento para tratamento de pacientes com Covid-19, o Sotrovimabe. O remédio foi autorizado para uso em pacientes com quadros leve e moderado e com risco de evolução para uma situação grave. Ele é contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte ventilatório.

O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao público, mas terá uso ambulatorial, devendo ser prescrito por um médico para que seja ministrado. O prazo de validade do produto é de 12 meses, armazenado em temperaturas de 2ºC a 8ºC.

A autorização foi definida por unanimidade pelo colegiado. A diretora relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles satisfatórios.

“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma redução clínica com significância estatística na proporção dos voluntários com Covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”, concluiu Freitas.

Mas ela ressaltou que é importante realizar o monitoramento da aplicação do remédio para mapear casos adversos. Atenção especial foi destacada pela área técnica para o uso em gestantes, para as quais deve ser avaliada com cuidado a relação custo-benefício.

A diretora também lembrou que a agência reguladora europeia para medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com Covid-19.

Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A aplicação é de dose única, de 500 mg.

Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.

A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.

Ações do município

A cidade de São Paulo retomou nesta quarta-feira (8/9), a vacinação dos adolescentes de 12 a 14 anos de idade sem comorbidades ou deficiência física permanente, além da aplicação das doses de reforço nos idosos acima de 90 anos.

As primeiras doses das vacinas contra Covid-19 são aplicadas, exclusivamente, nas 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas 82 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas da capital. Estes equipamentos também aplicarão as segundas doses, além das doses de reforço somente aos munícipes acima de 90 anos. A vacinação com a dose adicional para idosos segue até o dia 12 de setembro.

Toda a rede de postos da Secretaria Municipal da Saúde está operante para a imunização. O público elegível para receber a segunda dose e a dose adicional também poderá ser vacinado nos 21 mega postos, nos 20 drive-thrus, nas AMAs/UBSs Integradas e nas farmácias parceiras.

Os idosos devem comparecer a um dos mais de 600 postos de vacinação do município, com o comprovante de vacinação do ciclo vacinal completo (a segunda dose deve ter sido aplicada há pelo menos seis meses), documento com foto e comprovante de residência na capital.

Os pacientes acamados em domicílio terão a vacinação feita pela equipe da Unidade Básica de Saúde de referência do usuário, assim como nas Instituições de Longa Permanência para Idosos.

A vacinação dos idosos é feita com a vacina que estiver disponível nos postos de saúde. Já para os adolescentes, o imunizante da Pfizer é o único liberado, até o momento, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Para garantir as doses à população do município de São Paulo é obrigatório apresentar no ato da vacinação, documentos pessoais, preferencialmente CPF e cartão SUS. É preciso levar um comprovante de endereço da cidade de São Paulo, de forma física ou digital. No caso dos adolescentes, são aceitos documentos em nome dos pais.

Os jovens devem ser acompanhados pelos pais ou responsável no ato da vacinação. No caso de impossibilidade desse acompanhamento, é preciso ir com um adulto e apresentar autorização assinada por um responsável.

O preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento nos postos. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.

Antes de se deslocar a um posto, consulte a movimentação de cada local na página De Olho na Fila para escolher o melhor momento para se vacinar. A plataforma também disponibiliza informações sobre os imunizantes disponíveis para segunda dose em cada unidade. A lista completa de postos pode ser encontrada na página Vacina Sampa.

*Ouça abaixo a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira.

1ª edição

2ª edição

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

 

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