A diretora de Paisagem Urbana da São Paulo Urbanismo, Regina Monteiro, classificou como utópico o plano de enterramento da rede elétrica da cidade em 25 anos, como proposto pela Prefeitura. A declaração foi feita nesta quinta-feira durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Eletropaulo, da qual Regina participou.Embora uma lei de 2005 preveja a elaboração do Plano de Enterramento da Rede Aérea (Pera), até agora isso não ocorreu. Segundo Regina, além disso, o processo deve envolver também o munícipe, e exigiria que os proprietários de imóveis fizessem mudanças no seu sistema elétrico.
A diretora afirmou ainda que a legislação que rege as concessões também é um empecilho para ações da Prefeitura. A concessão federal é muito ruim, a gente (Executivo) não tem poder, só o ônus. Dependemos da boa vontade de alguns membros da Eletropaulo, lamentou.
Já Anderson Oliveira, da AES Eletropaulo, disse que a concessionária é favorável ao enterramento dos fios e que está disposta a discutir um plano e contribuir com a Prefeitura. Atualmente, além de manter a rede aérea, a Eletropaulo tem contrato com outras empresas que pagam pelo uso de seus postes, como redes de televisão a cabo.
Oliveira disse não saber o valor pago pelas outras companhias pelo uso dos postes nem a porcentagem dessa quantia que é descontada da tarifa, porém reforçou que a lei das concessões é seguida.
O relator da CPI, Domingos Dissei (PSD), avaliou a instalação dos postes pela Eletropaulo quanto ao seu uso por outras concessionárias como uma situação injusta. A Prefeitura não recebe nada e tem que arcar com toda a manutenção, explicou.
(24/11/2011 – 16h10)