Que tal um cineminha? Assistir a filmes nas telonas está entre os programas culturais mais curtidos em todo Brasil. Na capital paulista, o apoio à sétima arte cresce ano a ano. E o fomento à produção do audiovisual tem influência direta da Câmara Municipal de São Paulo.
Em 2013, o Parlamento paulistano aprovou a criação da Spcine – empresa de cinema e audiovisual de São Paulo. Vinculada à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, ela tem o objetivo de desenvolver os segmentos cinematográficos, de TVs, games e novas mídias.
Após aprovação do Legislativo, a Prefeitura da capital, autora da proposta à época, governada pelo então prefeito Fernando Haddad, sancionou a matéria na Lei n° 15.929, de 20 de dezembro de 2013. No entanto, a Spcine foi fundada em 28 de janeiro de 2015. Desde então, ao longo dos últimos dez anos de existência, a empresa investiu R$ 106 milhões.
Neste período, 718 projetos receberam apoio da Spcine. De acordo com a empresa, só em 2024, foram executados 100% dos recursos dos editais da Lei Paulo Gustavo. O montante foi revertido para a produção audiovisual da capital paulista.
“Contemplaram linhas de apoio à produção, à capacitação, à pesquisa, à formação e à qualificação, além da realização de festivais, eventos e mostras do setor audiovisual. Foram destinados aproximadamente R$ 53 milhões divididos em 183 projetos contemplados”, destaca a Spcine.
No ano seguinte à fundação, em 2016, a Spcine ampliou o leque criando a São Paulo Film Commission. O órgão nasceu para centralizar as autorizações para produtores audiovisuais. A ideia surgiu para firmar a cidade de São Paulo como cenário de produções nacionais e internacionais de cinema, publicidade e de televisão.
“São Paulo oferece desde áreas urbanas vibrantes até espaços históricos, passando por incríveis áreas verdes, permitindo que produções de todos os tipos encontrem o cenário ideal por aqui”, falou Lyara Oliveira, presidente da Spcine, ao site da empresa.
A fim de garantir o acesso ao cinema a todos e atrair público para as produções nacionais, a Spcine tem três ações. Uma delas é a Spcine Play – plataforma on-line e gratuita para todo o Brasil. A empresa conta ainda com o Circuito Spcine – a maior rede pública de salas de cinema do Brasil criada para levar a programação nacional e internacional do cinema comercial aos locais menos atendidos.
Já o Cineclube Spcine, considerado como uma iniciativa emblemática da empresa, tem o objetivo de democratizar o acesso ao cinema em regiões periféricas da cidade. Segundo a instituição, “as salas oferecem programação diversificada, com filmes para públicos variados, desde crianças até cinéfilos em busca de títulos alternativos”.
“São 32 salas de cinema – 28 delas gratuitas e 4 com ingressos a preços populares. Já são mais de 2,2 milhões de espectadores acumulados desde 2016”, menciona o site da Spcine.
Outra ação da Spcine visa investir na formação de profissionais do audiovisual. A empresa explica que há aproximadamente 800 atividades formativas – desde masterclasses abertas ao público geral até cursos de aprimoramento profissional. “A instituição impactou 41 mil pessoas”.
“Esses números refletem a importância da Spcine em investir na capacitação de cineastas, roteiristas, produtores e técnicos, bem como estudantes, criando um legado de qualificação para a indústria local”, ressaltou Lyara ao site da Spcine.
A Spcine também tem atuado em frente importante para expandir cada vez mais as ações da empresa. Entre elas, estão a internacionalização do audiovisual paulistano – conectando empresas, profissionais e filmes de São Paulo ao mercado global – e o programa Cash Rebate, política de incentivo a filmagens que visa atrair produções cinematográficas estrangeiras ou nacionais.
Há, ainda, o Observatório Spcine, criado para investir na produção de dados e inteligência de mercado. A empresa também tem apoiado eventos, mostras e festivais de cinema que acontecem na cidade. Além disso, existe a Spcine Game – área voltada ao fomento da indústria de jogos em São Paulo.