O plano de construir 68,5 quilômetros de corredores de ônibus em São Paulo foi apresentado nesta quarta-feira durante a reunião da Comissão de Finanças e Orçamento por Roberto Molin, diretor de infraestrutura da SPTrans. Segundo ele, as intervenções devem custar cerca de R$ 2 bilhões e o edital da licitação poderá ser divulgado em abril.
Estão previstos novos corredores na Radial Leste e nas avenidas Aricanduva e Itaquera, na Zona Leste. Na Zona Sul, a Prefeitura pretende instalar vias de ônibus ligando o Capão Redondo ao metrô Vila Sônia, na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e em Santo Amaro.
Molin explicou que, além dos novos corredores, estão incluídos na quantia avaliada a requalificação de outros 25 quilômetros de vias existentes e a inauguração de dois terminais rodoviários e três urbanos. Ao todo, são 14 grandes intervenções, resumiu.
Apesar de não citar prazos para início e conclusão das obras, Roberto Molin disse que o processo licitatório pode acabar em novembro e que as obras podem ser começadas ainda em 2012. Questionado pelos vereadores a respeito do Plano de Metas da atual gestão, que previa 66 quilômetros de corredores, Molin disse que, após estudos, a Prefeitura viu que muitos projetos seriam transformados em outros modais, e citou como exemplo o Expresso Tiradentes.
Hoje fazemos corredores porque a cidade ainda depende dos ônibus, mas o ideal para cidades como São Paulo é o transporte de massa, metrô ou monotrilho, disse Roberto. Para o vereador Donato (PT), autor do requerimento que trouxe o representante da SPTrans à Comissão de Finanças e Orçamento, o argumento não é válido. A cidade precisa de mais 200 quilômetros de corredores. Se não fizeram na Avenida Celso Garcia, outros lugares precisam, criticou.
O parlamentar acusou ainda a Prefeitura de falhar no planejamento das metas e sua execução. Em 2007, o então secretário de Transportes anunciou cinco corredores. Um deles, o da (avenida Engenheiro Luís Carlos) Berrini, está nesse plano de agora, então não aconteceu nada nesses cinco anos, disse.
O orçamento de 2012 do Executivo prevê gasto de R$ 33 milhões para a implantação de corredores na cidade de São Paulo. Segundo Roberto Molin, a verba será utilizada na elaboração dos projetos e da licitação.
(21/3/2012 – 13h02)