Vereadores que compõem a Subcomissão de Iluminação da Câmara Municipal Foto: Luiz França / CMSP
Rafael Satiro
Da TV Câmara
A vice-presidente de relações governamentais da fabricante de lâmpadas GE (General Electric), Adriana Machado, será convidada a prestar esclarecimentos sobre possíveis reuniões que aconteceram antes da abertura de edital convidando empresas a apresentarem projetos de modernização, operação e manutenção da infraestrutura da rede de iluminação da cidade de São Paulo.
Segundo os representantes da empresa que participaram da reunião da Subcomissão de Iluminação Pública da Câmara nesta terça-feira (18/11), esse tipo de reunião é normal. Absolutamente normal. Você está tratando de vários aspectos. Às vezes, você trata de investimentos, disse o presidente da Divisão de Iluminação da América Latina, Rodrigo de Paiva Martins. A GE, como qualquer multinacional com o número de negócios que nós temos no país, encontra com governantes e oficiais do governo. Faz parte do nosso dia a dia, disse.
De acordo com o presidente da Subcomissão, vereador Milton Leite (DEM), o conteúdo dessa reunião específica não foi divulgado. São reuniões estranhas. O normal é que se faça audiência pública, publique a audiência, registre-se uma ata, já que é um ente público. Ele tem que dizer o que é publicamente, para que dê transparência para a sociedade, argumentou.
Leite disse que existe uma pressa injustificada do Executivo em querer fazer uma licitação cujo modelo ainda não está claro. Não está clara a forma que vão implementar, nem os locais onde serão implementados, valores, condução do processo. Nem se a PPP [Parceria Público-Pivada] é melhor para a cidade ou o contrato de cinco anos de serviço. Essas definições só poderemos dizer com informações e comparativo de preços.
O diretor da Pedace Consultoria e Engenharia, Geraldo José Pedace, também prestou esclarecimentos. A empresa é uma das 11 que participaram da licitação para o projeto. Ele foi convidado a prestar esclarecimentos após a Subcomissão receber informações de que a empresa possuía capital social de apenas R$ 1 mil.
Pedace esclareceu que o capital da empresa atualmente é de R$ 300 mil e levantou a necessidade de aterramento dos postes para garantir a eficácia do projeto de iluminação de LED na cidade. Essa tecnologia é nova e muito sensível a surtos elétricos. Portanto, há uma preocupação muito grande com parte do sistema, que é aéreo, disse.
A empresa ou o consórcio que ganhar a licitação terá 24 anos de concessão administrativa e ficará responsável pela troca de cerca de 600 mil lâmpadas pela tecnologia de LED, além da manutenção e expansão da rede de iluminação da Capital. “Deverá começar pelas grandes avenidas e também pelos bairros mais violentos, também pelo centro. A população tem muito a ganhar, porque não tem custo adicional”, explicou p diretor-presidente da SP Negócios. Wilson Poit.
(18/11/2014 17h16)