Vinculada à Comissão de Finanças e Orçamento, a Subcomissão de Juventude da Câmara Municipal de São Paulo reuniu-se nesta quarta-feira (5/6) com representantes, especialistas e autoridades para discutir projetos e programas voltados à juventude na cidade.
A reunião foi conduzida pelo presidente do colegiado, vereador Isac Félix (PL), e contou com a presença do superintendente executivo do Espro (Ensino Social Profissionalizante), Alessandro Saade, e do coordenador de Políticas para Juventude, Ramirez Augusto Lopes Tosta, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
Espro
A Espro é uma organização que atua na inserção de adolescentes e jovens em vulnerabilidade social no mercado de trabalho por meio da socioaprendizagem, oferecendo uma extensa jornada gratuita. Isso inclui Projetos de Formação para o Mundo do Trabalho e programas de Aprendizagem Profissional ou Estágio.
“Quando nós nascemos, não existia a Lei da Aprendizagem e as políticas públicas não eram tão objetivas. Hoje, somos uma das principais entidades certificadoras da Lei da Aprendizagem e conseguimos inserir no mercado cerca de 30 mil aprendizes todos os anos. Apesar de ser uma política pública extremamente valiosa, ela é subutilizada pelas empresas. Se todas as empresas cumprissem a cota de aprendizes no Brasil, teríamos cerca de um milhão e cinquenta mil aprendizes. Infelizmente, cumprimos apenas 50% dessa meta, deixando metade dos jovens fora do mercado”, destacou Alessandro Saade.
O superintendente disse ainda que “o desafio de entidades como a nossa é entender quais competências os jovens precisam ter. Muitos vêm de contextos onde a cultura corporativa é distante. Buscamos capacitá-los para o mercado e fazê-los entender como funciona essa dinâmica, para que possam se destacar em entrevistas de emprego e no ambiente corporativo”.
A reunião discutiu a adaptação dos jovens ao mundo corporativo e a importância de criar políticas públicas eficazes que possam ser implementadas tanto a nível municipal quanto federal, buscando maior equidade e oportunidades para a juventude, especialmente em contextos de vulnerabilidade social.
“É uma luta para que a gente consiga que mais empresas cumpram uma cota que é o mínimo. A partir disso, conseguiremos oportunizar mais vida para os jovens. Para as empresas, isso é muito positivo, pois os jovens já estarão passando por um processo de formação desde cedo. Assim, é possível qualificar a mão de obra de acordo com a cultura da empresa e as demandas que ela tem. Isso é muito importante e relevante, pois consegue tirar jovens de situações de vulnerabilidade social ou outros problemas, como conflitos com a lei, que podem surgir pela falta de oportunidades, levando-os a buscar caminhos alternativos”, disse o coordenador de Políticas para Juventude, Ramirez Augusto Lopes Tosta.
O vereador Isac Félix comentou sobre a necessidade de levar a discussão sobre jovens aprendizes a nível federal. “Acho que essa questão deve vir de cima, para que depois chegue aos Estados e municípios. Quando cuidamos de pessoas, quem ganha somos nós. Ver o futuro de uma pessoa sendo construído, ela alcançando seus objetivos porque teve alguém que a orientou, é extremamente importante”.
Estiveram presentes os integrantes da Subcomissão, vereadores Isac Félix (PL), Rute Costa (PL), Rinaldi Digilio (UNIÃO) e o presidente da Comissão de Finanças, vereador Jair Tatto (PT). A reunião pode ser assistida na íntegra no vídeo abaixo: