A Taquigrafia da Câmara Municipal de São Paulo está comemorando 60 anos de existência. Criada em 29 de abril de 1949, com a constituição da Seção de Taquigrafia e Mecanografia, a Taquigrafia da Câmara tem registrado nos últimos 60 anos as sessões e reuniões dos vereadores por meio de notas taquigráficas e atas que levam à sociedade a íntegra dos trabalhos legislativa. Com isso, mantêm viva a história desta Casa ao preservá-las nos Anais da Câmara que são objeto de pesquisa de historiadores e estudiosos.
No início, os taquígrafos registravam com bico de pena e redigiam à mão as notas taquigráficas que eram revisadas, sistematizadas e encaminhadas para publicação no Diário da Assembléia . Atualmente, os serviços de Taquigrafia estão automatizando os fluxos de montagem, armazenamento e publicação dos textos finais por meio de avançados softwares de workflow, entretanto o registro e a redação das notas continuam sendo feitos pela mão do taquígrafo parlamentar.
O secretário de Registro Parlamentar e Revisão, Alexandre Augusto Liceski da Fonseca, informou que encontra-se em fase de implantação do Sistema Informatizado do Registro Taquigráfico, que irá automatizar suas rotinas de trabalho e permitirá a prestação de um serviço mais rápido e eficaz, com disponibilização on-line das notas taquigráficas.
Os taquígrafos festejaram ainda, no dia 3 de maio, o Dia Nacional do Taquígrafo, data que marca a criação, por iniciativa de José Bonifácio de Andrada e Silva, o primeiro serviço de taquigrafia parlamentar no Brasil para atuar junto à Assembléia Nacional Constituinte de 1823.
A partir de então, esse serviço passou a ser adotado por Legislativos, Tribunais e entidades públicas e privadas tanto para dar publicidade quanto para preservar as discussões e debates ali promovidos.
Hoje, está presente em praticamente todos os grandes Legislativos e Tribunais do Pais e entidades como FIESP/CIESP e Associação Comercial de São Paulo.
Na opinião de Fonseca, uma “regra de ouro da Taquigrafia é escrever bem, sujeitar os escorregões da fala oral à justeza da norma culta e contextualizar o texto final às circunstâncias do debate”.
O secretário de Registro Parlamentar e Revisão destacou que as notas conferem fé pública e valor de prova judicial à palavra falada. “Soma-se a estas características a competência profissional do taquígrafo, que, além do domínio da técnica, deve ser excelente redator, possuir extenso vocabulário e cultura geral, além de conhecer o Regimento Interno da Casa.”
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