Carlos Eduardo de Souza já trabalhava com táxi há sete anos quando lhe ofereceram o táxi preto. Segundo ele, foi dito na época que teria um alvará próprio, mas em contrapartida exigiram que o carro fosse de alto padrão. “Você pensa que ao subir o padrão vai subir o seu lucro, porém desde que peguei o táxi preto só surgiram problemas, porque meu carro não tem características possíveis de ser reconhecido como táxi e alguns clientes tem uma certa repulsa. Isso me dificulta trabalhar. Assim, tenho que recorrer aos aplicativos, que não permitem que o taxímetro físico possa ser utilizado. O taxímetro virtual têm uma tarifa própria e eu não tenho acesso a essa tarifa”, afirmou.
Souza foi um dos taxistas que participaram na manhã desta quarta-feira (25/5) de uma audiência pública realizada pela Comissão Permanente de Trânsito, Transportes, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, que debateu a dificuldade de se trabalhar com os táxis pretos.
O diretor do Departamento de Transportes Públicos, Roberto Brederodi, disse que, em relação ao taxímetro, os taxistas podem utilizar o físico paralelamente ao virtual enquanto o aplicativo da prefeitura não fica pronto. “Quando o táxi preto foi concebido, foi com valores extremamente modernos. Então, foi concebido para operar com taxímetros virtuais e não mais os físicos. Isso foi projetado para ser controlado por um aplicativo da própria prefeitura que iria controlar os demais aplicativos. Esse processo ainda não está concluído, e em função disso, achamos por bem estabelecer o taxímetro físico, mas o virtual vinculado aos outros aplicativos continua a valer”.
Para o vereador Senival Moura (PT), as discussões são sempre importantes para que os problemas sejam ajustados. “Toda e qualquer mudança que você faz sempre vai haver desencontro, porque está passando por um processo de ajuste, de adaptações. Essas reivindicações que vêm surgindo no modal táxi preto são muito bem-vindas”.