Especialistas em tecnologias de compostagem defenderam nesta quarta-feira o uso do processo como uma solução para resolver o problema gerado com o descarte dos resíduos orgânicos. O assunto foi discutido durante reunião da Comissão do Meio Ambiente da Câmara Municipal.
Segundo o presidente da Topema Cozinhas Industriais, Nelson Ferraz Cury, a compostagem gera renda para as pessoas. Desenvolvemos uma máquina capaz de fazer todo o processo, o que possibilita uma grande economia para as empresas, já que os empreendedores deixarão de ter custos para recolher o lixo, terão um produto útil para adubar o solo e ainda economizarão espaço, porque o volume e o peso inicial do material triturado têm redução de até 90%, explicou.
As máquinas desenvolvidas pela Topema ainda não estão disponibilizadas para uso doméstico, mas Cury afirmou que o projeto está sendo estudado. A ideia é lançar, a princípio, um equipamento menor para ser utilizado em condomínios. O valor será acessível a todos, adiantou.
Para José Luiz Tomita, assessor do Instituto GEA Ética e Meio Ambiente, a compostagem deveria ser mais incentivada pelo poder público. Esse processo só traz benefícios para a sociedade, e precisamos pensar em ações para mudar hábitos culturais dos geradores de resíduos sólidos. Uma das maneiras de começar seria como no Japão, trabalhando a compostagem em pequenos bairros, disse.
O presidente da Comissão do Meio Ambiente, vereador Gilberto Natalini (PV), concordou que São Paulo ainda desenvolve poucas ações para resolver o problema de resíduos sólidos. O material é levado para aterros sanitários e precisamos pensar em uma maneira para que o destino desses resíduos seja outro. Existem tecnologias disponíveis para isso e vamos continuar cobrando o poder público para incentivar o uso desses recursos e debatendo o tema, declarou.
(12/9/2012 – 17h40)