Um misto de Boeing com dinossauro. Assim o vereador Paulo Frange (PTB) definiu nesta quarta (7/8) a situação da medicina domiciliar em São Paulo. Segundo ele, as equipes encarregadas de atender pacientes da rede pública em casa contam com sistemas modernos para acessar e armazenar informações, mas não conseguem utilizá-los porque em muitos locais não há sinal 3G.
Nós não temos sinal de celular na cidade toda para encaminhar isso. As soluções são todas domésticas. Você anota tudo no seu tablet ou smartphone, sai do local, vai na unidade de saúde e descarrega por cabo, contou Frange na tribuna da Câmara. Apesar das dificuldades, ele avalia positivamente o programa de atendimento domiciliar da cidade, implantado em 2011.
Naquele ano, a Câmara Municipal aprovou a criação do programa Hospital Domiciliar, instituído pela lei 15.447. Segundo o vereador, atualmente a cidade conta com cerca de 30 equipes atuando nessa área. Mas a necessidade é bem maior.
Três em cada dez pacientes da rede pública poderiam estar em casa, e não internados. Com menos infecção, mais humanização e sem dúvida com muito melhor qualidade em seu atendimento, explicou o parlamentar. Outra vantagem da ampliação do atendimento domiciliar é a liberação de leitos nas unidades de saúde.
Atualmente, está em negociação com o Ministério da Saúde a inclusão do município no programa Melhor em Casa, criado para promover a medicina domiciliar em todo o país. Se o convênio for confirmado, a cidade pode receber 73 equipes profissionais até 2016 o que poderia cobrir uma população de aproximadamente 8 milhões de pessoas, segundo o petebista. (Rodolfo Blancato)
(07/08/2013 – 19h50)