Nesta segunda-feira (16/04), a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente discutiu com representantes da sociedade civil, Prefeitura de São Paulo e empresários como o poder público pode atuar em políticas de incentivos fiscais para empresas que aplicam o Teletrabalho na cidade de São Paulo. Essa modalidade de trabalho, crescente em todo mundo, consiste na utilização de internet, telefone e outras formas de comunicação virtual, para prestação de serviços (com ou sem vínculos empregatícios).
José Police Neto (PSD), que conduziu a Audiência Pública, trouxe a reflexão de quanto o teletrabalho, home based e home office podem oferecer soluções para uma metrópole como São Paulo. “Nos parece óbvio e necessário construir uma política pública que incentive o teletrabalho. Lembrando que São Paulo tem hoje uma legislação que permite em toda a cidade, inclusive nas zonas estritamente residenciais, a atividade econômica de teletrabalho,” observou o vereador.
Para Otávio Nascimento, representante da Secretaria Municipal da Fazenda, é necessário uma discussão mais ampla sobre o assunto. “Existem muitas políticas que só pensam em dar incentivos fiscais e elas acabam não sendo completas”, comentou.
Já Cleo Carneiro, presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades, palestrou sobre a questão econômica e os impactos positivos na diminuição dos custos das empresas. “A política de teletrabalho contempla a necessidade de se aumentar a produtividade em 15%, e isso tem sido alcançado no Brasil, o que é muito importante.”
Entre os benefícios do teletrabalho, estão o aumento da produtividade, a solução para a falta de espaço para as empresas e uma melhor qualidade de vida para os funcionários. Para Guilhermo Petzhold, especialista em mobilidade urbana no WRI Brasil, a modalidade do teletrabalho é vantajosa para todas as partes envolvidas. “Um plano de mobilidade corporativa é bom para as instituições, para as pessoas e para a própria região como um todo.”