RenattodSousa/CMSP
Durante a sessão desta terça-feira (26/3) o vereador Coronel Telhada (PSDB) afirmou que irá reformular o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 6/2013, de sua autoria, que homenageia a Rota. Telhada foi o comandante do batalhão entre 2009 e 2011.
Alvo de críticas de diversos vereadores, a justificativa do PDL menciona entre os fatos marcantes da história da corporação, a ação contra guerrilheiros que combateram o regime militar sob o comando de Carlos Lamarca.
Telhada afirmou que sua intenção era homenagear o batalhão, que tem mais de um século de existência, e não endossar a política da ditadura. Houve excessos de todas as partes, comentou o parlamentar sobre o período em questão. Ele ainda disse ser contrário a qualquer tipo de governo totalitário.
Orlando Silva (PCdoB), foi um dos que se opuseram à aprovação do projeto da maneira como estava redigido. Para ele, foi o Estado que implantou o terrorismo como política após o golpe de 64, levando a uma radicalização da oposição ao regime.
Tanto Lamarca quanto Marighella se colocaram no conflito armado em defesa da democracia. Quem voltar pra trás e observar vai ver que foi o AI-5 (Ato Institucional n.5)que jogou na clandestinidade e na luta armada milhares de brasileiros, declarou o vereador.
Para alguns vereadores, no entanto, o problema vai além da justificativa. Toninho Vespoli (PSOL) defendeu que corporação não merece ser homenageada porque é um aparato do Estado para reprimir os movimentos sociais.
Ex-comandante da Polícia Militar no Estado de São Paulo, Coronel Camilo (PSD) negou que a corporação seja violenta ou desrespeite os direitos humanos. Entre 100 mil homens e mulheres, pode existir meia dúzia que não é comprometida, mas nós temos uma corregedoria forte, que os tira da instituição de necessário, disse o parlamentar.
RenattodSousa/CMSP
(26/03/2013 – 19h)