A Comissão de Administração Pública debateu nesta quarta-feira (03/09) com o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calill, com o Conselho Municipal de Preservação de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp) e com entidade de preservação de patrimônio da Lapa a questão de tombamentos de imóveis no bairro.O movimento de oposição à verticalização Caótica e pela Preservação da Lapa e Região (Mover) contestou a demora nos tombamentos de algumas edificações e pediu um planejamento integrado no bairro.Os imóveis estão sendo depredados durante o tempo que está levando para se tombar alguns locais, disse a coordenadora do movimento, Ros Mari Zenha.O secretário de Cultura, Carlos Augusto Calill, esclareceu que cada local deve ser analisado separadamente. O que podemos fazer é estabelecer prioridades, locais de maior risco, por exemplo. Mas leva-se tempo, as análises são muito criteriosas, comentou. Para ele, debates sobre o tema são sempre válidos, mas há de se ter parcimônia, pois são feitas duas leituras, a afetiva e a objetiva.Para o presidente do Conpresp, José Eduardo Assis Lafèvre, o tempo de análise para tombamentos é natural. Temos de analisar o que é realmente interesse histórico e cultural e o que deve ser preservado. Por isso há uma certa demora, explicou.A lista inclui 51 imóveis para serem analisados no bairro da Lapa, que segundo o engenheiro do Conpresp, Valter Pires, apresentam características muito distintas.Ao final da audiência, o vereador Aurélio Nomura (PV), presidente da Comissão, convocou novo encontro na Subprefeitura da Lapa dentro de 15 dias. Acho que um assunto polêmico como esse merece novas audiências. Não tivemos um grande avanço nas questões, temos de ouvir mais pessoas. Além de Nomura integraram a mesa da comissão os vereadores Toninho Paiva (PR), Soninha (PPS) e José Rolim (PSDB).
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