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Torcidas organizadas negam agressão a integrantes da Gaviões

Por: - DA REDAÇÃO

17 de março de 2016 - 16:50

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Dirigentes das torcidas organizadas dos principais times paulistas acreditam que integrantes das entidades não estão envolvidos na agressão ao presidente da Gaviões da Fiel, Rodrigo Azevedo Lopes Fonseca, e o primeiro-secretário, Cristiano Simões.

Várias especulações surgiram após os corintianos terem sido espancados em um estacionamento de um supermercado depois de saírem de uma reunião com integrantes de outras organizadas, convocada pelo promotor Paulo Castilho no Fórum da Barra Funda. No entanto, os dirigentes da Mancha Verde, da Torcida Independente e da Torcida Jovem do Santos  defenderam as organizadas durante a reunião desta quinta-feira (17/3) da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal de São Paulo que investiga a violência no futebol.

“Esse foi um ato covarde que fizeram com os dirigentes da Gaviões e a Independente não compactua e não aceita esse tipo de ação, porque foge da ideologia das organizadas”, explicou o sócio-fundador da Torcida Independente, do São Paulo, Danilo Zamboni. “Esperamos que as autoridades conduzam as investigações com maestria e isenção, e os culpados sejam identificados”, disse.

O presidente da Torcida Jovem do Santos, Denis de Almeida, revelou que nunca viu esse tipo de situação acontecer. “Estou há muitos anos na organizada e nunca tivemos agressão após uma reunião com integrantes de todas as entidades. Entendemos que essa violência não partiu das organizadas, nós temos responsabilidades”, contou.

Para o presidente da Mancha Verde, do Palmeiras, Jânio Carvalho, a forma como os fatos ocorreram revela que a agressão não partiu de ninguém das organizadas. “Isso tudo foi jogo de cena, o que nos leva a crer que alguém quis plantar essa situação para culpar as torcidas”, comentou.

Rodrigo Fonseca, que é conhecido como Diguinho na Gaviões da Fiel, concordou com os integrantes das outras agremiações. Ele disse durante a reunião da CPI que a agressão não partiu de nenhuma torcida rival. O depoimento dos dirigentes das organizadas contraria a principal hipótese de investigação da polícia.

O presidente da CPI, vereador Laércio Benko (PHS), enviará ofício à Polícia Civil para que uma cópia do inquérito sobre as agressões seja disponibilizada ao colegiado. “Vamos pedir esse documento para que ele seja anexado ao nosso relatório para que tudo seja esclarecido. Acho que a situação precisa ser investigada, porque se houvesse esse clima de rivalidade entre as torcidas, os dirigentes não estariam todos aqui conversando e nos ajudando a buscar soluções para acabar com a violência no futebol”, disse.

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