Os trólebus, veículos de tração elétrica, podem estar com os dias contados na cidade de São Paulo. Isso porque o contrato entre a Prefeitura da cidade e a Eletropaulo (que mantém o sistema elétrico aéreo responsável por abastecer os veículos) tem prazo para acabar no final deste ano. Preocupada com a manutenção dos trólebus na cidade, a Comissão de Trânsito e Transporte se reuniu, nesta quinta-feira (06/05), com representantes da SP Trans e do Consórcio Leste 4 para debater o assunto. Nenhum representante da Eletropaulo compareceu, mas os vereadores afirmaram que irão convidar novamente a empresa. A conservação do sistema foi defendida por todos que estavam presentes. André Martins, presidente do Consórcio Leste 4, lembrou os benefícios dos trólebus. “Eles não emitem gases poluentes nem fazem tanto barulho como os veículos normais. Além disso, o motor a diesel consome o dobro de energia que o motor de um trólebus” , disse.
Martins listou os problemas que o sistema vem sofrendo. “ A rede aérea é muito antiga, há uma emenda a cada 58 metros. Além disso, as subestações de abastecimento estão abandonadas”. Ele também lembrou que as irregularidades do pavimento fazem com que as hastes percam a conexão com os fios elétricos causando interrupções na transmissão de energia.
Pedro Luis Machado, representante da SPTrans, disse que a intenção da Prefeitura é que o sistema continue. “O usuário tem uma relação de amor com esse tipo de transporte”, disse Machado.
O vereador Abou Anni (PV) acredita que é necessária a instalação de uma Subcomissão de Estudos para discutir o tema. “A precariedade é preocupante”, concluiu Anni.
No contrato atual a Eletropaulo é responsável pela manutenção da rede elétrica aérea. “Pode ser que no novo contrato essa responsabilidade seja transferida para a Prefeitura. Esse incremento pode custar mais, porém com grandes benefícios para a cidade”.
A Comissão também escolheu o vereador Goulart (PMDB) como representante no Grupo de Trabalho do Plano de Turismo Municipal no SPTuris.
Participaram da reunião os vereadores Juscelino Gadelha (PSDB), presidente da Comissão de Trânsito; Wadin Mutran (PP); Goulart ( PMDB) Quito Formiga (PR); Senival Moura (PT); Abou Anni (PV) e Marta Costa (DEM).
Subcomissão do Turismo, Lazer e Gastronomia discute o uso de madeira em feiras de exposição
O tema da subcomissão de Turismo, Lazer e Gastronomia, que aconteceu antes da Comissão de Trânsito, foi o PL 377/08 ,de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), que dispõe sobre a limitação de uso de madeira e emprega material reciclado na montagem de feiras de exposição e negócios na cidade de São Paulo.
Armando Arruda Pereira, representante do Sindiprom, esteve presente para discutir o tema. Ela acredita que a aprovação do PL pode causar um impacto na montagem das feiras. “ São Paulo é uma cidade importante para o turismo de negócios,
O PL limita em 30% o uso de madeira na montagem de feiras de exposição e negócios. “Só o material necessário para o piso das feiras já ultrapassa esse limite”, informou Pereira. Ele também informou que o piso usado nos eventos é o mesmo há anos. “Os tablados já estão em uso há muito tempo e antigamente não era necessária a certificação para o uso de madeira. Se formos substituir esse material o custo será muito alto”, disse.
São Paulo tem seis pavilhões e recebe em média 200 feiras por ano, muitas de âmbito internacional. “Já praticamos a sustentabilidade porque é uma exigência de vários países. Vivemos sob regras austeras internacionais”, concluiu ele.
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