Fórum Sobre Dependência Química foi promovido pelo Centro de Formação e Estudos Terapêuticos da Família Foto: André Bueno / CMSP
Dezenas de pessoas, entre especialistas, representantes de entidades sociais, voluntários e universitários, lotaram completamente as dependências do Salão Nobre da Câmara Municipal neste sábado (18/10) para participarem do Fórum Sobre Dependência Química, promovido pela CEFATEF (Centro de Formação e Estudos Terapêuticos da Família), em parceria com as Faculdades Doctum.
O encontro, que foi o sétimo do calendário mensal de debates promovido pela CEFATEF, reuniu especialistas com o objetivo de explicar como deve ser a relação familiar em paralelo ao tratamento de pessoas que possuem algum tipo de dependência química.
Geralmente o dependente químico é levado para a comunidade terapêutica e isso só trata o dependente. Nós trabalhamos a família, senão, quando o dependente volta ao convívio, a família não está preparada para recebê-lo e isso provoca recaídas, explicou Cléo Melo, diretora pedagógica do Centro. A família é com certeza um grande auxiliador nesse trabalho que é realizado com pessoas que possuem dependência química, completou Roberto Cavalini, diretor executivo do CEFATEF.
Eu entendo que o conhecimento é libertador, e como na vida dos familiares nem sempre há um preparo para lidar com a dependência química, eu considero muito importante tudo que eu puder acrescentar na construção desse meu novo conhecimento a respeito do assunto. Quando entendemos melhor o processo, percebemos que a dependência química é multifatorial e a família disfuncional, como regra, se faz presente. Daí a importância desta parceria, pontuou Maria de Lourdes Laranja, voluntária na ONG (Organização Não Governamental) Amor Exigente.
Eu vim hoje aqui para aumentar mais o meu conhecimento, em especial com relação ao processo de acolhimento de pessoas que passam por esse problema, revelou Fabíola Rocha, estudante de Serviço Social.
O Fórum contou com palestras dos professores e psicólogos, Regina Ribeiro Neves (que atua como policial e palestrante do DENARC Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) e Luis Antônio da Silva (atuou como acompanhante terapêutico nos Estados Unidos e na Inglaterra), além da professora Adriana Moro Maieski, graduada em Serviço Social com ênfase em saúde mental e dependência de drogas. Todos os palestrantes discorreram por cerca de meia hora sobre aspectos específicos do tema.
(20/10/2014 14h53)