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Travestis e PM se reúnem para montar grupo de trabalho

Por: RAFAEL ITALIANI - DA REDAÇÃO

1 de novembro de 2017 - 19:25

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Grupo de trabalho entre representantes de associações de travestis e transexuais e PM será criado

O gabinete da vereadora Juliana Cardoso (PT) intermediou, nesta quarta-feira (1/11), uma reunião entre a Polícia Militar do Estado de São Paulo e representantes de associações de travestis e transexuais. Também compareceram assessores da vereadora Adriana Ramalho (PSDB) e do vereador Eduardo Suplicy (PT).

As entidades LGBT trouxeram relatos de pessoas que estão sofrendo transfobia de PM’s que fazem o policiamento ostensivo em bairros como o Arouche e a República, ambos conhecidos há décadas por reunir gays, lésbicas, travestis e transexuais que se sentem protegidos e acolhidos nas duas regiões.

Ao final da reunião, foi formado um grupo de trabalho para acompanhar denúncias de abusos policiais já protocoladas na corporação, construir políticas públicas para combater o preconceito e incentivar a inclusão, junto ao Departamento de Direitos Humanos da PM.

Vagner Magalhães

Nicolle Mahier

Nicolle Mahier, porta-voz do movimento de travestis e transexuais, afirmou que há problemas como um grupo restrito de policiais. “Faz anos que não temos problemas com a polícia. Isso é um fato recente que está acontecendo por conta de algumas pessoas. Com essa reunião, com os gabinetes, tivemos alguns encaminhamentos”, disse.

Segundo ela, também haverá diálogos com as travestis da região que se prostituem e acompanhamento de forma mais profunda dos casos com suspeita de abuso policial. “A abordagem [policial] tem de ser de acordo com o gênero. Se a pessoa vive como homem, deve ser revistado por um homem. Se vive no feminino, mulheres em suas diversidades, tem de ser abordadas por PM’s mulheres. Não é a genital que vale, mas o gênero que a pessoa expressa”, disse a ativista e travesti.

André Bueno/CMSP

José Antonio de Melim Júnior

No entanto, para a PM, uma mulher da corporação tocar o corpo de uma travesti com genitália masculina ainda é um caso delicado, como explicou o tenente-coronel José Antonio de Melim Júnior. Essa opção é estudada pelo Conselho Estadual LGBT, da Secretaria de Estado da Justiça.

Segundo ele, os casos de abuso da PM não representam a corporação e são investigados tanto pela Corregedoria quanto pelo Decradi (Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

“As circunstâncias estão sendo apuradas. A Polícia Militar é uma instituição com mais de 90 mil homens e os erros acontecem, mas não são institucionais. Os médicos erram, os professores erram e com a PM não é diferente. Ela é feita de seres humanos. Mas temos uma posição institucional de que a atitude do policial que sai desse padrão é apurada”, afirmou. Ainda de acordo com ele, a abordagem em caso de suspeitas é a mesma para qualquer cidadão, sem distinção de opção sexual, cor da pele ou religião.

 

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