Com 44 votos favoráveis e o apoio até de vereadores da oposição, a líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, Adriana Ramalho, foi eleita representante da Casa no Conpresp (conselho municipal que cuida do patrimônio histórico, cultural e ambiental na cidade). O pleito que definiu sua condução ao cargo foi feito na tarde desta quarta-feira (13/9), durante a Sessão Plenária do Legislativo paulistano.
A tucana assume o lugar da vereadora licenciada e atual secretária municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Aline Cardoso (PSDB), que deixou a Câmara no final de julho. O Conpresp tem nove conselheiros – uma das vagas é sempre de um vereador da Câmara. No órgão, também há representantes do Executivo e da sociedade civil.
A indicação de Adriana foi feita sob a aprovação de todas as lideranças da Câmara. Na atual legislatura, a cadeira da Casa no órgão é destinada a um vereador do PSDB – a maior bancada – e a suplência, a um parlamentar do PT – segunda maior bancada. Mantido na função desde o começo deste ano, o atual suplente é o petista Alfredinho.
A definição sobre o nome de Adriana Ramalho foi feita na terça-feira (12/9), durante a reunião semanal do Colégio de Líderes. Após a votação desta quarta-feira, a líder do PSDB agradeceu a oportunidade.
“É uma grande responsabilidade em um órgão tão importante que define o destino da cidade. Com muito afinco, dedicação, de forma agregadora, transparente e responsável eu quero conduzir os trabalhos no Conpresp e trazer cada vez mais o desenvolvimento à cidade, sem esquecer a história de São Paulo”, disse após a votação.
A parlamentar ainda afirmou se sentir “privilegiada“ nesta sua primeira legislatura. “Nesses oito meses desenvolvi uma ótima relação com os 54 vereadores, inclusive da bancada do PT. Conto com apoio, direcionamento e conselhos deles. Para mudar a finalidade da política temos que trabalhar lado a lado”, disse a tucana.
Passe-livre pendente de votação
Mesmo com o apoio da base aliada do governo, o Projeto de Lei (PL) 508/2016, de autoria do vereador Reis (PT) e que institui o passe-livre estudantil no transporte público para alunos carentes de cursinhos pré-vestibular comunitários, ficou pendente de votação, nesta quarta-feira (13/9), durante a Sessão Plenária da Câmara dos Vereadores.
Não houve quórum para que o texto fosse votado em primeira discussão. As galerias da Casa ficaram cheias de estudantes que aguardavam a aprovação do PL.
O vice-presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB), por exemplo, demonstrou total apoio à Lei e pediu a coautoria. Segundo ele, o peso no subsídio do transporte público seria mínimo, já que o PL atende a um universo restrito de estudantes. “Eu entendo que o impacto é muito pequeno”, disse.
Neste ano, a Prefeitura deve bancar R$ 3 bilhões em subsídios para o transporte coletivo da cidade.
O vereador Reis disse que já solicitou à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes o impacto que uma possível aprovação do PL causaria nas contas da pasta. “Pelo que pesquisei, é de cerca de 6 mil alunos.”
Já Caio Miranda (PSB) pede uma reflexão sobre o assunto, antes que ele seja votado em primeira discussão. “Este mesmo pessoal que apoia o Projeto, que quer a gratuidade, é contra o aumento da tarifa. A conta tem de ser paga. Eu sou contra propostas demagógicas”, disse. O parlamentar frisou que o projeto pode ser vetado pelo prefeito João Doria (PSDB) caso o impacto nas contas seja muito alto.