Foi uma goleada. Por 7 a 1, a Comissão de Estudos para Debates e Discussões sobre a Destinação do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) aprovou o relatório final elaborado pelo relator da comissão, vereador Goulart (PMDB), que permite o uso do estádio por concessão a iniciativa privada. O voto contrário foi do vereador Marco Aurélio Cunha (DEM). “Houve uma discussão intensa. Nós optamos pela concessão tendo em vista todos os estudos de dificuldade de investimentos do Município e o interesse da iniciativa privada em preservar o patrimônio histórico e dar subsídios ao Pacaembu para disputar em igualdade com os melhores estádios do mundo”, destacou Goulart. “Nesse sentido, o relatório foi favorável e todos os vereadores, com a exceção de um, votaram pela concessão.”
O vereador informou que o relatório será agora encaminhado ao secretário municipal de Esportes, Walter Feldman. “No caso do Poder Executivo aceitar a proposta da Comissão, que tomou o cuidado de ouvir todos os seguimentos da cidade, encaminharão à Câmara um projeto de lei para uma possível licitação. Aqui a proposta poderá ou não ser aprovada”, disse Goulart.
Indagado a respeito de que o único clube que mostrou interesse na administração do estádio foi o Corinthians, o vereador respondeu: “Se o clube se credenciar a isso e se a proposta dele estiver dentro das exigências da Municipalidade não há porque o Corinthians não fazê-lo. E, no ano do centenário, será um dos presentes para o clube.”
O vereador Marco Aurélio Cunha (DEM) explicou seu voto contrário a concessão. “O Pacaembu é um ativo público. É um equipamento público que é da cidade, não é de ninguém. A concessão é exagerada. Acho que privatizar o Pacaembu é um aviltamento da cidadania. Defendo a idéia que deva haver um consórcio de clubes, como existe, por exemplo, no México, onde o Estádio de Guadajara é mantido por quatro clubes. Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Corinthians poderiam contribuir para a reforma e modernização do Pacaembu e, em troca, o Palmeiras, São Paulo, Portuguesa, Santos poderiam mandar um jogo por mês ou dois naquele estádio e o Corinthians três ou quatro jogos.”
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