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Uso e ocupação da Praça Roosevelt é discutido em seminário na Câmara

Por: - DA REDAÇÃO

17 de março de 2017 - 21:10

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O uso e ocupação da praça Franklin Roosevelt foi discutido em um seminário realizado na noite desta sexta-feira (17/3), na Câmara Municipal. O objetivo do debate foi o de pensar em soluções para os conflitos existentes entre moradores e usuários do espaço localizado na região central de São Paulo.

Construída na década de 60, entre as ruas Consolação e Augusta, a praça Roosevelt é uma das principais áreas de lazer no centro da cidade, e por isso é frequentada por um público diversificado que varia de idosos à skatistas.

Também por estar localizada em uma região repleta de atrações culturais e gastronômicas, a praça recebe muitos usuários da vida boêmia da cidade, o que acaba gerando um certo desacordo com os moradores que reclamam da falta de segurança, limpeza e ruídos causados pela movimentação noturna.

O movimento “Praça Roosevelt de Todxs”, criado em 2016 por moradores e usuários com o intuito de discutir as questões de utilização do espaço, foi idealizador do seminário e trouxe representantes de coletivos culturais, skatistas e arquitetos para construir propostas de solução aos conflitos.

“Estamos buscando soluções, discutir com aqueles que frequentam a praça para entender melhor a prática e qual o uso que fazem naquele espaço. Entender também as questões dos moradores em termos de barulho e segurança. Trazemos um olhar técnico com os arquitetos, mas também dialogamos com o olhar mais artístico dos coletivos para entender a riqueza cultural que praça tem”, afirmou o sociólogo, Bruno Gomes, membro do movimento.

Para o arquiteto Rubens Reis, integrante da equipe que projetou a praça, os impasses surgiram por conta da recente reforma que reabriu a praça em outubro de 2012, com um espaço totalmente reestruturado e revitalizado ao público.

“Acho que é uma questão que pode ser resolvida pela administração pública. A praça simplesmente se transformou em um novo espaço público do centro, e numa cidade carente de espaço abertos, livres, desobstruídos, onde pode se ter todo tipo de atividade – é evidente que teria sucesso! Infelizmente ou felizmente, gerou esses conflitos”, disse Reis.

O vereador licenciado Toninho Vespoli (PSOL), que participou do seminário, acredita o diálogo entre moradores e usuários podem resolver as questões de uso da Roosevelt.

“Acho que os dois lados devem se unir e cobrar do poder público uma solução para acústica da praça. Tenho certeza que esse é o problema que acaba afligindo 90% dos moradores. Também acho que há condições de se construir algumas regras para o uso. Sempre acho que dá pra chegar em consensos. Vejo que a prefeitura tem condição sim de fazer um projeto acústico lá na praça para que todos ganhem com esse processo” afirmou.

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