A Butanvac, vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em um consórcio internacional, deve concluir seus ensaios clínicos e chegar no Brasil a partir de 2023.
Os testes feitos no Brasil, Tailândia e Vietnã vêm apresentando resultados promissores, com alta segurança e imunogenicidade.
Após ter passado por uma reformulação, o estudo conduzido no Brasil e também na Tailândia e no Vietnã, tem provado sua eficácia como dose de reforço. Os resultados da fase 1 mostraram que a vacina é segura e induz níveis elevados de proteção.
O imunizante foi anunciado em abril do ano passado, inicialmente para um ensaio clínico comparando a resposta imune de quem tomou a vacina com um grupo controle que tomou uma substância sem efeito. Mas com o avanço da imunização no país e com o atual contexto da pandemia, a pesquisa passou por uma reformulação para que a Butanvac fosse testada para potencializar a imunização como dose de reforço.
O baixo custo, a produção nacional e facilidade de alterar a vacina para combater as variantes são apontadas pelo diretor de produção do Instituto Butantan, Ricardo Oliveira, como as três principais vantagens do imunizante. Além disso, explica o diretor, a construção viral da ButanVac, assim como ocorre na influenza, permite a atualização da cepa viral de forma muito rápida.
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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quinta-feira (31/3), a capital paulista totalizava 42.072 vítimas da Covid-19. E havia, ainda, 1.909.529 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade e Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo nesta quinta-feira (31/3), é de 28,2%
Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 24,6%. No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 22,6% e em 17,9% leitos de enfermaria. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
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O boletim InfoGripe da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira(31/3) alerta que apesar do cenário de queda nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em todas as faixas da população adulta, crianças de 5 a 11 anos apresentaram um aumento de aproximadamente 309% na média móvel entre a primeira semana de fevereiro e a semana mais recente. Já no grupo de 0 a 4 anos, os dados apontaram um aumento de cerca de 110%.
O boletim também aponta que na faixa etária de 0 a 4 anos os dados laboratoriais preliminares sugerem que o crescimento expressivo a partir desse período possa estar relacionado a um aumento nos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já no grupo de 5 a 11 anos, os números sugerem interrupção de queda nos resultados positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) em fevereiro e aumento na detecção de outros vírus respiratórios em março.
Em casos associados a outros vírus respiratórios, os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para o amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2 na população adulta, com positividade expressiva em relação ao total de casos semanais de SRAG, embora mantendo sinal de queda.
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quarta-feira (30/3) o uso emergencial de medicamento Paxlovid para Covid-19. O medicamento é indicado para pacientes adultos que não necessitam de oxigênio suplementar e apresentam risco de progressão para Covid-19 grave.
O medicamento já possui aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos, Europa, Canadá, China, Austrália, Japão, Reino Unido e México. Na Anvisa, o pedido de uso emergencial foi apresentado pela farmacêutica Pfizer, no dia 15 de fevereiro.
Vale ressaltar que o medicamento não está autorizado para início de tratamento em pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.
Além disso, também não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas. O medicamento também não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quinta-feira
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