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Vacinação contra Covid-19 para jovens de 16 e 17 anos com comorbidades começa nesta quarta na capital

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

17 de agosto de 2021 - 19:01

A Prefeitura de São Paulo inicia nesta quarta-feira (18/8) a vacinação contra Covid-19 para jovens de 16 e 17 anos que possuem algum tipo de deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual) ou comorbidades. Grávidas e puérperas também poderão ser vacinadas. São esperados cerca de 48 mil munícipes neste grupo.

Os adolescentes devem ser acompanhados pelo responsável no ato da vacinação. No caso de impossibilidade do acompanhamento do responsável, o adolescente deve estar acompanhado de um adulto e apresentar uma autorização assinada pelo responsável.

Quem está incluído no grupo elegível:

1) Pessoas com limitações motoras, que causem grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas;

2) Pessoas com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo;

3) Pessoas com baixa visão ou cegueira; (Considera-se baixa visão ou visão subnormal quando o valor da acuidade visual corrigida no melhor olho é menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05 ou seu campo visual é menor do que 20 graus no melhor olho com a melhor correção óptica (categorias 1 e 2 de graus de comprometimento visual do CID 10). Considera-se cegueira quando esses valores encontram-se abaixo de 0,05 ou o campo visual menor do que 10 graus (categorias 3, 4 e 5 do CID 10);

4) Pessoas com alguma deficiência intelectual permanente que limite as suas atividades habituais.

Para garantir as doses à população do município de São Paulo, a Secretaria Municipal de Saúde reforça a obrigatoriedade de o cidadão apresentar no ato da vacinação um comprovante de residência na capital, juntamente com os documentos pessoais, preferencialmente CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e cartão do SUS (Sistema Único de Saúde).

Será necessário apresentar o comprovante da deficiência ou laudo médico indicando a deficiência. Também serão aceitos como comprovantes, o cartão de gratuidade no transporte público indicando deficiência, os documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência e o documento oficial de identidade com a indicação da deficiência.

Caso não haja um documento comprobatório, será possível a vacinação a partir da autodeclaração, como o modelo disponível na página Vacina Sampa.

Na condição de deficiência visual, só será aceita autodeclaração em casos de deficiência permanente (cegueira). Para as demais classificações de baixa visão ou visão monocular será exigido documento que comprove a condição, conforme legislação vigente.

O preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento. A secretaria recomenda que antes de se deslocar a um posto, o munícipe consulte a movimentação de cada local na página De Olho na Fila para escolher o melhor momento para se vacinar. A lista completa de postos de vacinação pode ser encontrada no site Vacina Sampa.

Mais sobre o novo coronavírus 1

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (17/8) que mais de 50 milhões de pessoas já tomaram as duas doses ou a vacina de dose única contra a Covid-19, o que representa 31,9% da população acima de 18 anos de idade com a imunização completa contra a doença. A vacinação em todo país pode ser conferida na plataforma LocalizaSUS, atualizada diariamente.

De acordo com os dados da base nacional do PNI (Programa Nacional de Imunizações), 49.062.641 pessoas completaram o ciclo vacinal. Além delas, 2.089.449 também já tomaram as duas doses ou dose única, conforme informado pelas secretarias estaduais de Saúde, mas que ainda aguardam registro na base do PNI. O total, então, chega a 51.152.090 pessoas imunizadas.

O Ministério da Saúde reforça aos brasileiros que ainda não completaram o ciclo vacinal que procurem uma unidade de saúde para a segunda dose. Para que as vacinas atinjam a efetividade esperada, é necessário tomar as duas doses – ou a dose única, no caso da vacina da Janssen.

A orientação é que a segunda dose seja aplicada no período recomendado, de 12 semanas para as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Fiocruz e de quatro semanas para a Coronavac/Butantan. No entanto, mesmo para quem perdeu o prazo, a orientação é procurar um posto de vacinação para completar o ciclo vacinal.

De acordo com os registros no PNI e nos painéis das secretarias estaduais, o Brasil já aplicou mais de 168 milhões de doses no total, sendo que mais de 70% da população (117 milhões de pessoas) acima de 18 anos de idade já tomou a primeira dose.

Mais sobre o novo coronavírus 2

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta segunda (16/8), a capital paulista totalizava 36.169 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.386.180 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta terça (17/8), é de 41,1%.

Nesta segunda-feira (16/8), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 37%.  A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Ações e Atitudes 1

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) anunciou nesta terça (16/8) que vai produzir 60 milhões de testes de antígeno para o diagnóstico da Covid-19 no SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a Fundação, a iniciativa terá investimento de cerca de R$ 1,2 bilhão, e o montante de testes a ser fabricado poderá ser entregue ao Ministério da Saúde até o final deste ano.

Além de fabricar os testes, a Fiocruz será responsável por treinar equipes e prestar assistência técnica e científica nas localidades definidas pelo governo federal. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que a contribuição será mais uma forma de a instituição pôr sua capacidade tecnológica e de produção à disposição da saúde pública brasileira A fundação já fornece testes moleculares (RT-PCR) ao SUS e continuará a produzi-los. Ao todo, a fundação entregou 11,7 milhões de testes RT-PCR em um primeiro contrato e firmou novo acordo para disponibilizar mais 13,7 milhões.

O teste RT-PCR é considerado o padrão ouro para a detecção do SARS-CoV-2, e suas amostras também são importantes para o monitoramento das variantes, uma vez que contêm o material genético do vírus e podem ser usadas para o sequenciamento. O teste precisa ser enviado a laboratórios especializados, onde o processamento pode levar algumas horas e depende de equipamentos sofisticados.

O teste de antígeno, por sua vez, pode ser processado no próprio local da coleta, em um procedimento que pode durar apenas 15 minutos para mostrar o resultado. A sensibilidade do teste é menor que a do RT-PCR, mas também é considerada alta, com potencial acima de 95%.

Ações e Atitudes 2

Um estudo de pesquisadores do Instituto de Física da Unicamp (Universidade de Campinas) simula o processo de replicação do coronavírus para compreender suas variações. Quanto mais o novo coronavírus circula, maior a chance de ocorrer uma mutação genética e o aparecimento de novas variantes que podem prolongar e agravar a pandemia de Covid-19. Os resultados do estudo conduzido por Vitor Marquioni e Marcus Aguiar foram publicados na revista científica Plos One.

No artigo, os autores ressaltam a importância da vacinação como estratégia para diminuir o surgimento de novas cepas. Segundo eles, as populações que não estão sendo vacinadas e os grupos sociais que se recusam a receber a vacina favorecem o aparecimento de variantes. Os autores fazem ainda um alerta: se o problema não for resolvido urgentemente, a pandemia pode ter um novo pico em escala global.

O modelo desenvolvido pelos físicos é baseado em quatro variáveis: as pessoas classificadas como suscetíveis, que podem ser infectadas pelo vírus; as expostas, que estão infectadas, mas não infectam outras; as infectadas que podem transmitir a doença para outras; e as recuperadas que não podem mais ser infectadas. O método, conhecido na epidemiologia pela sigla em inglês SEIR, é uma simplificação do cenário para que as possibilidades de mutação e surgimento de variantes do coronavírus possam ser medidas.

Além disso, uma parte do modelo tenta acompanhar as possibilidades de variação da cadeia de RNA, material genético do vírus. “Nós comparamos os nossos resultados com a inferida evolução genética da SARS-CoV-2 no começo da epidemia na China e encontramos uma boa compatibilidade com a solução analítica do nosso modelo”, destacam os pesquisadores no artigo.

Os cientistas lembram no trabalho que o surgimento de novas cepas a partir das mutações do vírus está ligado aos casos de pessoas que são infectadas mais de uma vez. “Entender os mecanismos de mutação e variabilidade dos vírus é da maior importância para antecipar desafios futuros, como o surgimento de outras cepas infecciosas ou a perda de imunidade”, ressalta o artigo.

Foram analisadas as mudanças genéticas dos vírus no andamento da pandemia em localidades diferentes. Assim, o modelo mostrou que quando há pouca conexão entre regiões, a diferença genética entre os vírus presentes nessas áreas tende a ser maior. Desse modo, “é esperado um aumento no risco de reinfecção nos contatos entre viajantes em territórios distantes”, enfatizam os autores nas conclusões do estudo.

O que mostra, de acordo com os pesquisadores, que a pandemia, com espalhamento da doença por diversas partes do mundo, aumenta muito as chances de variantes que sejam capazes de infectar mais de uma vez a mesma pessoa do que em uma simples epidemia, localizada em um determinado território.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta terça-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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