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Vacinação de pessoas com 24 anos continua nesta quarta na capital

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

10 de agosto de 2021 - 17:13

A vacinação contra a Covid-19 de pessoas com 24 anos residentes na cidade de São Paulo continua nesta quarta-feira (11/8) na capital paulista. A imunização desta faixa etária, estimada em 146 mil pessoas, teve início nesta terça (10/8).

Já na quinta-feira (12/8) será a vez da vacinação do grupo com 23, enquanto na sexta-feira (13/8) deverão receber a vacina contra a Covid-19 pessoas de 22 anos. Por fim, no sábado (14/8), haverá a imunização da população com 21 anos.

Para atender à demanda, toda a rede de vacinação da cidade de São Paulo está em operação. Os munícipes elegíveis podem procurar um dos mega postos com acesso a pedestres, drive-thrus e farmácias parceiras, com funcionamento das 8h às 17h. Já as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e AMAs/UBSs Integradas operam das 7h às 19h.

No ato da vacinação é obrigatório apresentar documentos pessoais de identificação, preferencialmente CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e cartão do SUS (Sistema Único de Saúde), além de um comprovante de residência no município de São Paulo. O documento pode ser apresentado em formato impresso ou digital. Caso esteja em nome de outra pessoa, é preciso comprovar o parentesco ou união estável.

Com o objetivo de evitar aglomerações, é recomendada a consulta ao site De Olho na Fila antes do deslocamento para verificar a movimentação de pessoas em tempo real nos postos e escolher o melhor momento do dia para ir se vacinar. Aqueles que forem tomar a segunda dose também poderão consultar a plataforma, que informa quais vacinas contra a Covid-19 estão disponíveis para a segunda dose em cada posto de vacinação da cidade.

Segundo dados do VaciVida, plataforma do Governo do Estado, aproximadamente 183 mil pessoas perderam o prazo e ainda são aguardadas para receber a segunda dose dos imunizantes contra o novo coronavírus na capital paulista. Completar o esquema vacinal é essencial para garantir proteção completa contra as formas graves da doença e das variantes do novo coronavírus.

Outra recomendação é o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já, que agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Basta inserir dados como nome completo, CPF, endereço, telefone e data de nascimento.

Mais informações, como o calendário atualizado de vacinação da gestão municipal, os públicos elegíveis no momento, e a lista completa de postos abertos na capital podem ser encontradas na página Vacina Sampa.

Importante ressaltar que todas as vacinas disponíveis foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), sendo eficazes e seguras contra a Covid-19. Não há necessidade nem possibilidade de escolher um imunizante específico no ato da vacinação.

Mais sobre o novo coronavírus 1

Segundo dados mais recentes sobre a pandemia do novo coronavírus publicados pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, nesta terça (10/8), a capital paulista contabilizava 35.766 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.374.104 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde da região metropolitana de São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta terça (10/8), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com Covid-19 é de 42,7%.

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última segunda (9/8), foi de 37%.

Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Ações e Atitudes

A pandemia da Covid-19 vem, desde março de 2020, assombrando e surpreendendo a população mundial. O que no início apresentou maiores riscos aos idosos e portadores de comorbidades, agora mostra-se perigoso também para as crianças.

Segundo um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, até maio deste ano cerca de mil crianças, de 0 a 9 anos de idade, morreram vítimas da doença, mas acredita-se que o número possa ser maior, já que muitas crianças sequer são testadas e não há números precisos sobre essas mortes após este período.

Professora do Departamento de Puericultura e Pediatria da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP, Maria Célia Cervi comenta que os dados representam uma mudança geral da mortalidade na sociedade. Ela também afirma que a pandemia de Covid-19 diminuiu a expectativa de vida no Brasil em cerca de dois anos e, “realmente, está havendo um impacto na mortalidade de forma geral”.

O levantamento assusta e abre portas para discussões sobre o motivo de crianças perderem suas vidas para a doença de forma tão precoce. Segundo a professora, as crianças deveriam ser consideradas prioridade diante da doença, porque ainda estão desenvolvendo seu sistema de defesa.

Maria Célia ressalta que, para que o sistema imunológico da criança se desenvolva e evite problemas mais graves de saúde, uma boa alimentação é essencial. Assim, afirma, é preciso também garantir condições básicas de saúde e serviços, especialmente em lugares mais pobres do país.

A professora destaca que os idosos, considerados grupo de risco da Covid-19, têm condições semelhantes às crianças, o que explicaria tratar este grupo como prioritário durante a pandemia. Segundo Maria Célia, nos dois casos os indivíduos apresentam imunidades mais baixas e, muitas vezes, problemas nutricionais, pois os dois extremos da vida são mais suscetíveis também de evoluírem para uma forma mais grave e com maior letalidade.

Conforme explica Maria Célia, as crianças ainda têm o agravante de não serem testadas para o novo coronavírus, seja por falta de estrutura ou pela técnica usada na coleta de material para análise – o nariz da criança é pequeno e dificulta a realização do exame. Nestes casos, apenas a sorologia e exames de sangue podem ajudar.

Como explica a professora, a vacinação em massa, hoje, é a única solução para diminuir a proliferação do novo coronavírus e, no Brasil, alguns Estados já anunciam vacinas para jovens a partir de 12 anos de idade, como já ocorre em algumas partes do mundo. Mas a imunização de crianças é mais complexa, já que faltam estudos grandes quanto à vacinação desta faixa etária. O mais seguro, acredita a professora, é o “avanço da imunização dos adultos” para proteger as crianças.

Além da imunização dos adultos, ainda é possível reverter o quadro da mortalidade infantil pela Covid-19, com “planejamento de segurança alimentar e acesso aos serviços de saúde” e, também, separando a saúde de questões econômicas e políticas, por exemplo, já que essas discussões “trouxeram um vazio no cuidado preventivo da saúde”, finaliza.

Ações e Atitudes 2

Pesquisadores conseguiram demonstrar o impacto da prevalência da variante P.1 (hoje denominada Gama) na alta de casos e mortes por Covid-19 ao correlacionar dados de sequenciamento genômico e análises epidemiológicas na cidade de São José do Rio Preto (SP). No município do interior paulista, a maior transmissibilidade dessa cepa foi associada ao aumento expressivo de casos graves (127%) e mortes (162%) em março e abril de 2021.

Divulgado na plataforma medRxiv e ainda sem a revisão de pares, o estudo também ressalta a importância da vacinação para a proteção da população e a eficácia do lockdown de 15 dias, estipulado na cidade em março, para conter a disseminação do vírus.

Os pesquisadores afirmam que as conclusões são esperadas, mas que precisam de uma comprovação clara por causa do ambiente em que vivemos. E o estudo confirma que as vacinas protegem da morte por Covid-19 e o lockdown funciona para reduzir a circulação do vírus. Fora isso, destacam, também foi possível demonstrar que a P.1 é, de fato, uma variante mais agressiva, algo que ainda não estava tão claro entre a comunidade científica.

O estudo foi realizado pelo Laboratório de Pesquisas em Virologia da Famerp no Hospital de Base de Rio Preto, em parceria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista), USP (Universidade de São Paulo), Fundação Bill &Melinda Gates, Universidade de Washington, University of Texas Medical Branch e Secretaria Municipal de Saúde de São José do Rio Preto.

O grupo teve apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da Rede Corona-ômica (mantida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por meio da Financiadora de Estudos e Projetos e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), do Instituto Butantan e do National Institutes of Health, dos Estados Unidos.

No âmbito do estudo, a vigilância genômica do novo coronavírus em Rio Preto e região vem sendo realizada desde outubro de 2020. Os pesquisadores analisaram 272 genomas completos do novo coronavírus a fim de detectar a prevalência das variantes. Das 12 linhagens identificadas, as mais prevalentes foram P.1 (72,4%), P.2 (11%), B.1.1.28 (5,6%) e N.9 (4,6%).

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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