Estudo realizado por meio de parceria da Prefeitura de São Paulo com o Instituto Butantan, Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) e Instituto Adolfo Lutz revelou, nesta quarta-feira (27/10), que foram registrados 843 novos casos para a variante Delta.
Com essas confirmações, a capital contabiliza 4.077 casos desde que a variante foi registrada pela primeira vez, em julho. Entre as amostras em que foi possível identificar a linhagem, 99,7% são da variante Delta. Os sequenciamentos são referentes à semana epidemiológica 40. Apesar da presença da variante na capital, o número de casos não tem apresentado curva de crescimento significativo.
Atuação do município
O PMI (Programa Municipal de Imunizações) da Secretaria Municipal da Saúde reduziu o intervalo entre doses da vacina contra Covid-19 AstraZeneca e, a partir dessa quarta-feira (27/10), passa a adotar o intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda doses do imunizante para pessoas acima de 18 anos de idade. A medida respeita a orientação dos programas Nacional e Estadual de Imunizações.
Todos os adultos que tomaram a primeira dose há 56 dias já estão aptos a receber a segunda dose do imunizante, não precisando aguardar o intervalo anterior de 12 semanas. A capital espera cerca de 200 mil pessoas para completar o ciclo vacinal com a AstraZeneca.
A capital segue com o esquema tradicional de vacinação para primeira e segunda doses, além da dose adicional para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde com mais de 18 anos que tomaram a última dose do esquema vacinal ou dose única há pelo menos seis meses, exceto grávidas e puérperas.
A dose adicional também permanece liberada para pessoas com mais de 18 anos que tenham alto grau de imunossupressão. Para esse grupo, com mais de 18 mil cidadãos, é preciso ter tomado a segunda dose ou dose única há pelo menos 28 dias.
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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quarta-feira (27/10), a capital paulista totalizava 38.682 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.537.994 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta (27/10), é de 36,4%.
Já nesta terça (26/10), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
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O Ministério da Saúde recebeu nesta quarta (27/10), mais dois lotes com 3,615 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19. O primeiro lote, com 982.800 doses, chegou às 4h45, e o segundo lote, com 2.632.500 doses, chegou às 6h51, ambos vindos de Amsterdam.
Os lotes são o nono e o décimo do segundo contrato da Pfizer com o governo brasileiro, que prevê a entrega de 100 milhões de vacinas até dezembro. A farmacêutica Pfizer já cumpriu primeiro contrato de 100 milhões de doses da empresa com o governo federal na primeira semana de outubro.
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O governo do Estado de São Paulo lançou nesta quarta-feira (27/10), um “ranking” da cobertura vacinal completa contra Covid-19 por município. Cinco cidades localizadas nas regiões de Bauru e São José do Rio Preto já ultrapassaram a meta da campanha.
O primeiro lugar é ocupado por Uru, da região de Bauru, já tem mais de 96% de seus adultos completamente imunizados. Na sequência, aparecem respectivamente Adolfo, Turmalina, e Dolcinópolis, todas da região de Rio Preto e com mais de 92% de cobertura. Parisi, também desta região, tem 91%.
O percentual é calculado em função da estimativa populacional e do total de pessoas que já concluíram o esquema vacinal indicado nas bulas dos fabricantes dos imunizantes e pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), conforme dados reportados pelos próprios municípios na plataforma estadual VaciVida.
Os dados de vacinação são obtidos a partir dos registros feitos pelas cidades no VaciVida, sistema que deve ser atualizado preferencialmente no mesmo dia da aplicação da segunda dose, uma vez que a falta de cadastro em tempo oportuno pelos municípios no sistema impacta na visualização adequada dos dados pelo PEI.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quarta-feira
*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus