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Vereador defende continuidade da Comissão da Verdade

27 de dezembro de 2012 - 09:00

A Comissão da Verdade Vladimir Herzog encerrou seus trabalhos satisfeita com os depoimentos colhidos, porém, segundo seu presidente, vereador Ítalo Cardoso (PT), ainda há potencial para fazer muito mais. O parlamentar reforçou a necessidade de serem ouvidos o Coronel Brilhante Ustra e outros citados como principais agentes do regime militar.

Cardoso defende que os debates no âmbito da Comissão da Verdade não se encerram nos crimes cometidos durante a ditadura brasileira. Essa comissão iniciou um debate sobre um banco de dados das pessoas que são enterradas em São Paulo, para que os familiares possam encontrar os corpos no futuro, se quiserem, observou.

Outro ponto levantado pelo presidente da Comissão é o poder de polícia concedido aos médicos legistas. Não há nenhuma razão para manter essa situação. Isso é uma anomalia que tem que ser corrigida, disse o vereador.

Instalada no início de 2012, a Comissão da Verdade da Câmara Municipal teve o objetivo de investigar crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura, em especial aqueles ligados à administração municipal. Trata-se de uma iniciativa em parceria com órgãos similares instalados nos Legislativos estadual e federal.

Para Ítalo Cardoso, a Comissão Municipal teve um valor especial por retomar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Vala de Perus, que, em 1990, estudou e denunciou a situação de 1.049 ossadas de indigentes e presos políticos jogadas em vala comum e clandestina. O trabalho da ex-vereadora Tereza Lajolo, relatora da CPI, foi essencial para recuperar essas informações, e ela foi uma grande aliada nossa na busca por depoimentos, elogiou o vereador.

O nome da Comissão da Verdade, escolhido durante os trabalhos, é uma homenagem ao jornalista e militante do Partido Comunista Brasileiro Vladimir Herzog, morto em 1975. O laudo que apontava o suicídio de Herzog na prisão foi rejeitado publicamente, inclusive pelo rabino Henry Sobel, que impediu que o jornalista fosse enterrado como um suicida no cemitério judaico, como mandam as tradições.

A morte de Vlado, como era conhecido, provocou uma série de protestos que culminaram na missa ecumênica celebrada na Praça da Sé por Sobel e Dom Helder Câmara, reunindo mais de dez mil pessoas no Centro de São Paulo.

(27/12/2012)



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