RenattodSousa/CMSP
A abertura da audiência pública do Plano Diretor Estratégico neste sábado (26/10), no CEU Jambeiro, em Guaianases, reuniu Legislativo e Executivo em uma saudação e apresentação das prioridades do PDE em tramitação na Câmara. Como explicou o presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, vereador Andrea Matarazzo (PSDB), o Plano é uma espécie de Constituição, que diz o que pode e não pode se fazer. Para ele, a importância de realizar as audiências é ouvir. Conhecer o lugar, quem mora ou quem trabalha lá, argumentou.
O vice-presidente da Comissão, Paulo Frange (PTB), concordou que, em um momento desses, os parlamentares devem ouvir mais do que falar. Tivemos a oportunidade de ter todos bem acolhidos. Toda a sociedade está aqui, de uma forma ou de outra, elogiou. Além de um auditório, o CEU Jambeiro teve um telão instalado na sua área externa, e a audiência tem cobertura ao vivo pela TV Câmara e Radio Web.
O relator do projeto na Comissão de Política Urbana, vereador Nabil Bonduki (PT), explicou o seu papel na audiência e em todo o processo. Como relator, vou buscar reunir contribuições, também feitas através dos vereadores, que são um canal importante de representação da sociedade. Nós poderemos a partir daí, com colaboração, construir uma proposta substitutiva, mais aperfeiçoada, que reflete exatamente o que a sociedade como um todo quer apresentar.
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Já o vereador Gilson Barreto (PSDB) ressaltou que uma das funções da audiência é traduzir o Plano Diretor Estratégico para a população. Com um linguajar muito técnico fica difícil acompanhar. Nós mesmos temos de mudar esse linguajar para ter mais contribuição da população, defendeu.
Problemas da Leste
O vereador José Police Neto (PSD) apontou a revisão do Plano Diretor Estratégico como uma mudança de lógica do desenvolvimento da cidade. Hoje existem dois planos diretores, um que serve a que tem grana para empreender, outro para população humilde que nada pode. É essa lógica que a gente tem de mudar, afirmou.
Senival Moura (PT) disse que o foco do PDE deve ser a periferia. Temos que saber que a área nobre da cidade já tem infraestrutura e querem levar ainda mais. Vamos defender um plano que contemple a todos, a área nobre mas especialmente a periferia, que nesse momento precisa muito mais. Alessandro Guedes (PT) concordou, ressaltando a criação de empregos nas pontas da cidade. Não tem sentido 2,5 milhões saírem da Zona Leste e ir para o Centro trabalhar. O emprego pode ficar aqui e isso ajuda na qualidade de vida, ponderou. (Thaís Lancman)
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(26/10/2013 – 12h17)